quinta-feira, 31 de julho de 2014

Com amor e carrinho

Para a Associação Brasileira de Recursos Humanos o vexame de nossa seleção de futebol, contra a Alemanha, nas semifinais da Copa do Mundo  2014, no Mineirão, ainda não passou e, prá muita gente não passará tão cedo, ou nunca.

Classificar o episódio como um “apagão” dos jogadores segundo o treinador, é para o psicólogo Paulo Saldanha uma transferência de sua culpa para a psicóloga Regina Brandão, que acompanhou em alguns momentos a seleção, como se ela, a seleção, estivesse fazendo uma ótima campanha e treinado o suficiente. Segundo ele, quem teve “apagão foi o Felipão, que procura se eximir de responsabilidade.

Apagado ou não Felipão agora quer é o carinho dos torcedores do Grêmio e eles que são gaúchos, se entendam. Pois terão, tanto carinho, como carrinho, próprio de jogadores “brucutus” que tanto Felipão, como Dunga, entendem.

Charge: Jornal Lance

Entre o rock e o samba

A cantora baiana Pitty lançou o seu mais novo disco, radicalizando na proposta roqueira que tem caracterizado a sua trajetória na música com um som mais denso, pesado, que o lado folk de seu recente projeto musical Agridoce com o guitarrista Martin Menedezz em que as canções soam mais melodiosas e menos barulhentas.

Com o novo trabalho, SETEVIDAS, a roqueira soltou os bichos, ainda que tenha declarado em recente entrevista ao caderno Ilustrada da Folha de São Paulo, que procura na música um lugar entre Ivete Sangalo e a banda Ratos do Porão. Entretanto, mantém a sua fidelidade ao rock, mas não esconde o desejo de cantar para multidões, grandes platéias, ao contrário do espaço alternativo e underground onde ela transita.

Interessante a confissão de seu processo criativo ter resvalado, há pouco tempo, para dois sambas com melodias e letras que sairam quase que ao mesmo tempo, para a sua surpresa, já que decididamente não é a sua praia, embora Clara Nunes figure no “set list” do que costuma ouvir em seu MP3 e em casa. Pois é, não se é tanto terra ou tanto mar, há sempre na música um espaço onde os opostos possam aparentemente se chocar, mas que cabem democraticamente nos ouvidos dos mais empedernidos.

Foto: Pitty

Hay gobierno soy contra!

A campanha para as eleições presidenciais ainda não começou nos veículos que tradicionalmente poucos assistem e ouvem, como o rádio e a televisão, mas ela já está há muito tempo, subliminarmente ou nem tanto, nos jornalões, nos noticiários de televisão e nas redes sociais. Estas não, pois passional e sem peias, mas aqueles por quem se espera isenção e equilíbrio já estão de há muito partidarizados e fazendo o que todo embusteiro faz: mentir, dissimular, distorcer, omitir, funcionar como porta-voz do caos e do fim do mundo, mesmo que os indicadores sociais e financeiros tentem dizer que não. Preparam assim, o terreno para atitudes populares de confronto, de paixões exacerbadas que se manifestam de modo descontrolado quando não injusto e grosseiro.

As vaias à presidente que levaram ao orgasmo muitos dos que reclamaram dos gastos com a Copa por negar estes recursos à educação, demonstraram no gesto a falta desta mesma educação que se tiveram nos bancos escolares faltou em casa, berço e origem do homem que seremos ou não. O descontrole verbal e despreparado de um judeu assassino e sanguinário, travestido de embaixador de seu inexpressivo país, poço de ódio e revanchismo, levou os politizados do “feicebuqui” e a turma do “pó dos parrellas” a um êxtase de compartilhamento ao coice judeu, dando às costas ao justo pronunciamento do nosso país quanto a desproporcionalidade de forças. das partes em conflito. Fazendo coro ao “Hay gobierno, soy contra”.

Foto: Ilustrativa

quarta-feira, 30 de julho de 2014

Quem é do mar não enjoa

É dura a vida de Eduardo Campos e Marina para se tornarem conhecidos do eleitorado. Até mesmo alguns correligionários não conhecem bem os dois. 

Tanto que o PSB do Espírito Santo teve que desmarcar, às presas, um almoço que ofereceria para a dupla na Ilha das Caieiras, famosa pelas moquecas. 

EduardoMarina têm alergia a frutos do mar.

Fonte: Anselmo Góis

Thaís Gulin - “ôÔÔôôÔôÔ”,

A curitibana Thaís Gulin tem dois discos gravados, o primeiro de sua carreira em 2007 e o segundo ôÔÔôôÔôÔ de 2011, com músicas inéditas de Tom (Ali sim Alice) e Chico Buarque (Se eu soubesse) compostas especialmente para ela. Eleita como uma grande revelação da música brasileira em 2011, pela revista Rolling Stone e a Folha de São Paulo, a jovem Thaís ainda não alcançou o grande público.

É possível que o grande público tenha tomado conhecimento de seu namoro com o Chico Buarque e da troca de participações em seus discos gravados no mesmo ano de 2011. Pelo sim pelo não Thaís preferiu sair de circulação e foi fazer shows na Espanha, Alemanha, Paris enquanto prepara as canções de seu terceiro disco, aguardado como continuidade de seu talento demonstrado nos dois primeiros. 

Vídeo: Youtube (Thaís Gulin e Tom Zé)

Olha eles aí de novo!

Quinze dias após o término da Copa do Mundo 2014, por aqui, o responsável pelo maior fracasso de nossa seleção em mais de 100 anos de sua existência, a dupla Batman e Robin do futebol brasileiro, Felipão e Murtosa, já não mais estão desempregados, acolhidos que foram pelo Grêmio Porta-alegrense. Dupla de quem se esperava um mínimo de reclusão, longe da mídia, dos campos de futebol até que a poeira baixasse, a vergonha arrefecesse para que eles voltassem, aliás, ele, já que Murtosa não fala e nem se sabe o que faz.

Mas, não, já que eles representam o próprio momento do futebol brasileiro e tinham que estar presente nesta “bagaça” que atravessamos, sem um representante brasileiro nas finais da Copa Libertadores deste ano, em que os jogadores entram em campo portando faixa em respeito aos torcedores, mas reclamam de salários atrasados, direito de imagem, FGTS, mote de chacota e ironia na imprensa internacional, enfim, a própria decadência.

Como se não bastasse um Campeonato Brasileiro em que os grandes nomes da disputa são os argentinos Conca do Fluminense e D’Alessandro do Internacional que nem sequer foram relacionados pela seleção da Argentina para a Copa do Mundo, tal o leque de boas opções em disponibilidade, incluindo aí, o Tévez que brilha no Juventus da Itália. Quanto a nós ficamos batendo cabeça, ou nem isso, com Fred e sua imediata sombra , num melancólico ataque que é melhor esquecer, pois “merece é desprezo e nada mais”. 

Foto: Felipão e Murtosa

terça-feira, 29 de julho de 2014

Como dois e dois são cinco


Charge: Simanca

Eleições 2014 - Cara de Hamburguer

Já estão circulando em Salvador os insuportáveis carros de som, com propaganda de políticos para deputados, estaduais e federais, nas próximas eleições, além da chapa das legendas para governador e senador. Além da inutilidade que representam, utilizam o que há de mais espalhafatoso de pagodes e “axé”, para veicular suas mensagens “cara de pau”. 
Promessas de emprego, segurança, educação de qualidade, auxilio a crianças e adolescentes entre outras bobagens, pois mais do que ninguém, eles mesmo sabem que não são levados a sério e partem para a galhofa, a patifaria, numa esculhambação só.

Não pode ser sério um candidato que se apresenta ao eleitorado como Cara de Hambuguer, O galo cego, Peito de pombo, Ureia-lá, Risca-faca, Madonna da Compensa, Botelho Pinto, Zé Macedo, acorda cedo como alguns dos nomes que o UOL selecionou entre os candidatos a deputados, estaduais e federais, em vários estados brasileiros, já registrados junto aos seus TREs. Tá difícil!

Foto: Candidatos as eleições 2014 

São bonitas as canções

Edu Lobo é mais um dos artistas ilustres da música brasileira a entrar no clube dos 70, completados em agosto do ano passado e homenageado este ano com uma biografia escrita pelo jornalista Eric Nepomuceno, o livro São bonitas as canções, a ser lançado na Feira Literária Internacional de Paraty, deste ano.

Além de suas vitórias em Festivais com Arrastão, em parceria com Vinicius de Moraes e Ponteio, com Capinam, o compositor fala de sua relação difícil com seu pai, o jornalista Fernando Lobo, que o abandonou com um ano de idade, e de seu processo criativo na eleboração de algumas de suas inesquecíveis canções, como Beatriz com  letra de Chico Buarque.

Edu comentava com o parceiro Chico que sempre haveria alguém numa espécie de torcida, numa expectativa concreta, de ver algo nunca visto, perguntando “e se acontecer tal coisa?”. A certa altura, ele percebeu que ficara falando sozinho: que Chico parecia ter congelado, os olhos arregalados. Ao perguntar a ele o que achava da ideia, a resposta veio feito um disparo: “Tenho que ir para casa”. Poucos dias depois, Chico apareceu com uma letra. “Achei, claro, que era a da música de encerramento do balé, O grande circo místico, diz Edu”. “Que nada: era a valsona, era Beatriz.” 

Foto: Edu Lobo

Mar à vista

Como acontece com toda obra pública, o Novo Terminal Turistico de Salvador se arrasta de prazo a prazo sem data precisa de sua inauguração e entrega à população. O que seria agosto do ano passado foi adiado para dezembro que chegou e passou sem ver qualquer funcionamento do Terminal, cujo novo prazo foi refefinido para o período da Copa, quem sabe a 2018, só que este evento estará bem longe daqui.

Este final de semana estive na Avenida da França e as obras seguem baianamente lenta, mas indo, como a derrubada dos galpões das Docas entre os prédios da Alfândega e da Companhia de Navegação Baiana. A retirada dos galpões deixou à mostra o mar da Bahia e o Forte São Marcelo numa vista muito bonita, mas ainda sem permissão para acesso de populares, nem de turistas em trânisto pelo porto.

O prédio do Terminal já está concluído, restando as obras internas e de acabamento como instalação de escadas rolantes, parte elétrica, forro e as definições das áreas onde funcionarão lojas, restaurantes, lanchonetes, livrarias, salão de beleza, barbearia numa estrutura confortável para o delite dos visitantes e da própria poluação da cidade. Sem dúvida Salvador ganhará uma importante área de lazer que irá ajudar na revitalização do Comércio, já iniciada com a instalação de várias faculdades em prédios antigos e desativados.

Foto: Maquete de Terminal Turístico de Salvador

domingo, 27 de julho de 2014

Que Holocausto?

Abstraindo questões políticas, religiosas e históricas milenares, como se fosse possível, judeus e palestinos mais uma vez dão mostras da insanidade que norteia as relações e convivência entre estes povos. Custa crer que um povo que ainda hoje e sempre se contorce (e também se beneficia) com as chagas do Holocausto Nazista, na Segunda Guerra Mundial, possa cometer tamanha e tanta atrocidade com a população civil palestina. 

Não há mocinho na história, mas a desproporcionalidade de forças que os Estados Unidos montaram e protege junto ao território israelense é massacrante, desumana e bestial. Esta desproporção reclamada pelo embaixador brasileiro e motivo de chacota e ironia pelo seu colega de Israel revela os baixos instintos de parte desta gente sanguinária e fria para quem vida humana é mero número na contabilidade dos mortos na Faixa de Gaza.

Holocausto. Que Holocausto? Aquele que envergonhou a humanidade ou este e outros perpetrado por Israel, frequentemente, numa reedição amarga de tudo que sofreram e que hoje fazem sofrer homens, mulheres e crianças desprotegidas e fora da linha de guerra, numa matança cruel que qualquer razão passa ser irrelevante, como o seu embaixador, na história dos povos. Pela criação imediata do Estado Palestino!

Foto: Crianças palestinas mortas

sábado, 26 de julho de 2014

Clara com vida

Foi lançado um disco póstumo de Clara Nunes, em que vários artistas fazem duetos com ela, intitulado Clara com vida. Póstumo sim, mas não como tem sido praxe nas gravadoras que com o desaparecimento de determinado artista, pega sobra de gravações em estúdio que não fizeram parte do disco oficial de carreira e, lança como novidade mercadológica. 

No caso de Clara o processo foi inverso. Pegou-se gravações de sucesso realizadas por ela durante sua carreira em vida e, claro, parte de sua discografia, em que o artista convidado põe a sua voz em uma faixa já gravada por ela, mantendo- se a integridade da faixa, arranjos etc, estabelecendo um dueto que não existiu em termos físico. O resultado é excelente para quem conhece, ou não, a trajetória de Clara na música brasileira, seus discos ficará, por certo, impressionado com a perfeição conseguida nestes duetos em algumas faixas.

Conhecia a gravação de Clara e Ângela Maria para a composição À Flor da Pele e a dramaticidade dos versos de Paulo César Pinheiro como “ando já com meus nervos a flor da pele já morfina/tenho olheiras fundas e pavor de álcool e nicotina/minhas noites durmo com pavor/a base de aspirina”, num resultado bonito. Agora com disco por inteiro, conseguido no mercado informal, posso apreciar o que pode fazer a tecnologia de estúdio de gravação, reunindo vozes que não foram possíveis em vida, com resultado comoventes, como são Clara e Chico em Morena de Angola, Clara e Gil, em Ijexá e Coração Leviano com Paulinho da Viola. Um disco que faz jus a grande artista que foi e continua sendo Clara Nunes.

Foto: Clara Nunes

sexta-feira, 25 de julho de 2014

A volta do que não foi

Quando da realização da Copa na África do Sul, em 2010, reproduzi parte do texto do jornalista Aydano André Mota, em um blog que mantinha no portal IG. Volto a postar trecho da mensagem como lembrança do que provavelmente nos espera com o retorno de Dunga a seleção e, o seu comportamento hostil com a imprensa e de todo aquele que ousar discordar de suas escolhas, seus métodos. Será mais do mesmo:

“Entre os muitos tipos humanos sobre a Terra, há os que amam odiar. Viciam-se na ira e nos seus filhotes – o rancor, a mesquinharia, o isolamento, a grosseria, a amargura, o deboche. Os brasileiros estamos expostos a doses cavalares de hostilidade, professada com paixão inapelável por um personagem fundamental nesses dias de Copa: ele mesmo, Dunga. O técnico da seleção mergulhou no fel, e com ele conduz seus dias – e os nossos – na África do Sul. Privatizou a grife esportiva mais famosa da Terra como se a ele pertencesse exclusivamente e, embriagado de raiva, distribui estupidez por quem lhe cruza o caminho. E, o horror, contaminou nosso jogo”

Foto: Dunga

Escatológico

Vez por outra aparece um cientista aloprado cujo invento, descoberta, sucumbe ante o espalhafato da noticia, do espanto com que é recebido pela sociedade que ele pensa, ingenuamente, contribuir para o seu crescimento, sua preservação. Assim, entre o riso e a surpresa recebi a informação de que as flatulências humanas podem servir na prevenção do câncer, na quebra da cadeia de sua propagação, quem sabe até hereditária como muitos supõem ser o aparecimento da doença. 

O cara pode ter lá suas razões cientificas para a divulgação dos estudos, mas é muito cedo, prematuro mesmo, sair por aí, incendiando elevadores, repartições, filas de bancos, espera de atendimento no INSS em nome da ciência, da boa causa que é contenção da doença. Se as flatulências, os peidos são prenúncios do que o organismo tem a expelir, fico a imaginar a exposição na própria m(*), como os pardais que saem à cata dos cavalos para se aquecerem nos seus estrumes, ou como a nossa vizinha, na Praça Getúlio Vargas, a mãe da Professora Olga Lapa que ficou literalmente atolada na m(*) e que poderia ter adquirido a longevidade, por este desconforto, este sacrifício.

O primitivismo do sanitário até metade do século passado era representado por um fosso nos fundos dos quintais, coberto com madeira em uma construção rude em que as pessoas satisfaziam suas necessidades fisiológicas, distante daquilo que era a própria casa, a residência familiar, mas popularmente conhecida como latrina ou sentina

As tábuas da latrina da casa da Professora Olga Lapa não suportaram os mais de 120 quilos de sua mãe e romperam, deixando a velha apenas com os ombros à mostra, ladeada por um imenso mar de excrementos humanos. Os manos que ajudaram na remoção de velha, através de grossas cordas presas em seus braços, falavam não da obviedade do odor fétido que se espalhou por todo o quintal, mas no banho a que ela foi submetida em que várias barras de sabão massa e litros de creolina foram consumidos no asseio e desinfecção da área. A expressão de que algo ou alguém está na m(*) não se aproxima nem de leve do fato em sua literalidade. A água lava tudo... 

Foto: Latrina

quinta-feira, 24 de julho de 2014

Pode ser um avião, um urubu ou um tucano



Charge: Alpino

A couve de Ipanema

A 3ª Câmara Cível do Rio negou pedido de idenização a gravadora Universal Music contra a rede Hortifruti por suposta violação a direitos autorais da música “Garota de Ipanema”.

É que, numa campanha publicitária, o verso “olha que coisa mais linda...” foi alterado para “olha que couve mais linda”

Fonte: Anselmo Gois

Ney, Vitória, Flamengo, todos perderam

Não há nenhum regozijo com o desfecho melancólico sobre a rápida permanência de Ney Franco como técnico da desastrada campanha do Flamengo no Campeonato Brasileiro – 2014. O dinheiro, a exposição na mídia proporcionada por um clube de massa, como o Mengão, pode ter seduzido o bom treinador a trocar o Vitória, onde fazia um trabalho elogiável, para ser coadjuvante desta derrocada rubronegra e, ser posto pra fora como responsável pelo insucesso do clube carioca.

Tivesse ficado Vitória, mesmo com a saída e contusão de bons jogadores, Ney Franco poderia ter dado continuidade ao bom trabalho do ano passado, onde tinha todas as condições necessárias para permanecer por aqui e tocar o seu barco. E aí, deu no deu. Perdeu ele, o Vitória e o Flamengo. É aquela história: “boa romaria faz, quem em sua casa está em paz”.

Foto: Projeto do Novo Barradão

Qualé a de Murtosa!

Muito tem se especulado sobre a função que Murtosa exerce, exerceu, nada exerce na equipe de Felipão. Não chegou ainda a uma tese literária sobre o trabalho, a desimportância de sua ausência na preparação da nossa seleção ou em clubes que o ex-técnico trabalhou, já que Mortusa é uma especie de eminência parda sempre ao lado de Felipão.

Um conselheiro sentimental, um olheiro, um unheiro, um pé de pato, um amuleto, um auxiliar técnico, um currasqueiro, um preparador de chimarrão, um contador de histórias para Felipão dormir, pouco, nada se sabe sobre as atividades secretas de Murtosa, o funcionário fantasma bancado pela CBF; enfim, o que faz Murtosa

Foto: Murtosa

Um brasileiro - Ariano Suassuna

O paraibano Ariano Suassuna, escritor, poeta e dramaturgo parte, mas deixa um legado não apenas literário de inestimável valor, mas o exemplo de um intelectual ativo, até a morte, sempre pronto a seminários, palestras, bate-papo, em especial com jovens atores ou interessado na arte teatral.

Bastaria ter escrito o Auto da Compadecido, um exemplo bem humorado e tradutor do homem brasileiro, temente a Deus, mas não menos esperto sem se quedar nunca, para se imortalizar com o maior dramaturgo brasileiro. Mas ele foi além, com O santo e a porca, o  “Romance d’A Pedra do Reino e o príncipe do vai e volta” que levou 12 anos para ser escrito e que serviu de base para a TV Globo produzir uma minissérie com o título de A pedra do reino. Integrante do Governo de Pernambuco, o mestre nos deixa aos 87 anos. Viva Ariano Suassuna! Viva o povo brasileiro!

Foto: Ariano Suassuna

Barraco de madame

Deu no Globo. Uma socialite carioca comemorou seu aniversário em um restaurante fino na Barra da Tijuca. Convidou para a noite de queijos e vinhos, entre outros comes e bebes, suas amigas grã-finas, claro. Finda a festa, recolhidos as tralhas deu-se por falta de um porta-retratos de prata e dois óculos Ray-ban, originais.

Acionada as câmaras de segurança do estabelecimento, verificou-se que a ladra das objetos afanados era uma das convidadas. Em sociedade tudo se sabe, ou quase.

Foto: Ilustrativa

quarta-feira, 23 de julho de 2014

Volta Felipão! Volta Murtosa!

A Confederação Brasileira de Futebol, CBF, nem bem deixou assentar a poeira do fracasso em campo de nossa seleção, que já tratou de arrumar a casa, jogando na cara dos esportistas brasileiros, o mais indesejado dos treinadores para ocupar a vaga de Felipão; o ex-atleta e ex-treinador da própria seleção, o Dunga. A CBF, por ser uma entidade de cunho privado tá andando para o envergonhado povo brasileiro e seu 7 x 1, no Mineirão, já que seus negócios são outros, como rede de televisão, fabricantes de materiais esportivos, construtoras, doleiros, o diabo chupando manga. 

O Congresso Nacional, que tem parte dos seus representantes tão mal-falados como a própria CBF, até que tenta uma CPI aqui, uma investigação ali, um discurso nitroglicerinado de Romário, mas nada acontece em face de uma difusa “bancada da bola” que blinda a entidade, graças a parlamentares cujos mandatos estariam na contabilidade da “geni”, quer dizer CBF.

Na contramão torcida brasileira, já que não lhe deve nenhuma satisfação, a CBF convocou para o lugar do cânido Parreira, o ex-goleiro Gilmar Rinaldi, que até ontem era empresário de jogador, uma atividade sobre a qual pesa adjetivos pouco edificantes, assim como com a própria CBF numa especie de complemento, pé doente e sapato roto.

Foto: Felipão e Murtosa 

Sertanília

Sabe-se que a ditadura da “axé music” na Bahia funciona como um rolo compressor que atropela qualquer outra tendência musical que não leia pela cartilha da mesmice, do baixo nível, da indigência que é o seu receituário e, que só abre, só da passagem, para os iguais, como o famigerado pagode baiano. Mas, as produções fora deste circulo vicioso e viscoso existem e insistem em acontecer, como tudo que precisa brilhar nada detém, até que um dia furem este bloqueio, este mau gosto reinante, e venham ocupar a boca de cena, os holofotes, o conhecimento público. Só por existirem e insistirem em acontecer já merece a nossa atenção, quando a própria “axé music” e esta excrescência, o pagode baiano, já dão sinais de exaustão, de cansaço.

Um exemplo desta perseverança pode ser visto neste último final de semana, dentro da programação da Caixa Cultural, com o grupo Sertanília que se debruça sobre as manifestações sertanejas de modo original como já faziam Diana Pequeno, Rose, Décio Marques, Dorothy Marques e o poeta e cantador baiano, autor de canções medievais Elomar Figueira Mello, na década de 80. Com sonoridade própria que privilegia violões, violas, flautas, violoncelo, tambores de Minas e do maracatu, o Sertanília, além de repertório autoral, faz releituras de canções de Lenine, Antônio Nóbrega e do próprio Elomar

Faz lembrar as canções do movimento “armorial” criado em Recife pelo escritor e poeta Ariano Suassuna que imprime um caráter erudito às manifestações de cunho popular com uma musicalidade solene, criativa, original que tem o sertão como porto de chegada. O Sertanília nos faz crer que nem tudo está perdido quando se trata desta vadia e mercantil música baiana.

Foto: Sertanília

terça-feira, 22 de julho de 2014

Fábulas fabulosas

O eterno Millôr Fernandes, falecido em 2012, será o grande homenageado da Festa Literária Internacional de Paraty, deste ano, que vai de 30 de julho a 03 de agosto, que também lembrará a Ditadura Militar de 64 com uma mesa Em nome do pai onde estarão como palestrantes Ivo Herzog e Marcelo Rubens Paiva filhos de duas, entre tantas outras, vítimas da repressão fascista. 

Lembrar sempre, para que não volte a se abater sobre o país o terror de uma longa noite negra, assim como é sempre necessário recorrer a lembrança da genialidade de Millor Fernandes, uma das mentes mais privilegiadas do nosso povo.

A viúva
Millôr Fernandes

“Quando a amiga lhe apresentou o garotinho lindo, dizendo que era seu filho mais novo, ela não pòde resistir a exclamou: “mas como, seu marido não morreu há cinco anos” “Sim é verdade – respondeu então a outra, cheia daquela compreensão, sabedoria e calor que fazem os seres humanos – “mas eu não””

MORAL: Não morre a passarada quando morre um pássaro.

O rock errou

Roberto Carlos vai fazer um show diferente no ano que vem. “Roberto Carlos Rock Symphony” terá vários convidados especiais e, como o nome indica, somente rock no repertório. Entre as músicas da fase mais roqueira do Rei que serão tocadas estão É probido fumar, Eu sou terrível, Splish, splash, Parei na contramão e Lobo mau. Ainda não foi definido onde será a apresentação, que a princípio acontecerá em julho.

O Rei deve encerrar o show com Quero que vá tudo pro inferno, música que saiu de seu repertório há anos, por causa da palavra malígna que ele não fala de jeito nenhum. Cantá-la seria aprova de que o tratamento que tem feito contra o TOC está fazendo efeito.

Fonte: Cleo Guimarães - O Globo

quinta-feira, 17 de julho de 2014

"Data venia"!


Tirinha: Benett

Pois é, Seu Zé

A jovem e promissora cantora baiana, Márcia Castro, gravou em seu último disco, De pés no chão, uma canção indignada com a realidade social da época da composição, que não difere muito ou nada da de agora. Apenas que Pois é, seu Zé foi gravada nos anos 70, tempos negros para artistas provocativos como o “moleque” Gonzaguinha, autor da canção, que estava sempre invocando “os homi”, quando a sonolenta censura não despertava de sua desimportância para passar a sua tesoura ameaçadora.

Márcia Castro pinçou a canção no repertório do então iniciante Gonzaguinha e, usa com graça debochada o refrão “a platéia ainda aplaude e ainda pede bis/a platéia só deseja ser feliz”, que brinca com a passividade, às vezes, de nossa gente. Confio em Márcia como artista e, que já atua na cena paulistana como um nome entre outros de novos talentos da música brasileira.

Vídeo: Youtube

Onde é que nós estávamos mesmo?

A Copa não sai de mim. A ressaca parece não ter fim e para isso concorre a dificuldade em aceitar o que teremos pela frente, o reinício do Campeonato Brasileiro – 2014 e, a programação da Sportv que, em seus três canais, repete partidas como Espanha x Holanda, Bélgica x Estados Unidos, Alemanha x Gana, Brasil x Chile, como se elas tivessem acabado de ocorrer. E tudo volta como se não tivesse passado.

Não sei onde andava o Vitória quando o campeonato foi interrompido para o começo da Copa do Mundo 2014, sei que era uma colocação desconfortável, zona de rebaixamento em diante, se isto é possível, visto as sucessivas derrotas antes da paralisação. Assim como o Flamengo que já estava amargando a vice lanterna, não muito distante do Vitória, ainda que nós rubronegros tivéssemos vivido a ilusão de ver a Alemanha com as nossas cores e por um momento pensarmos, “é nois”. Não era, o sonho acabou! 

Tratemos pois, de arrumar as nossas tralhas e procurar a nossa situação, saber onde estão os nossos clubes e pedir proteção aos orixás, pois o trem andava feio e, confiar que a “ruma” de jogadores que o Vitória contratou, digam a que veio. Pior do que estava não pode ficar. Se segura Flamengo!

Foto: Vitória

quarta-feira, 16 de julho de 2014

Deu no "New York Times"


O ilustre e respeitável jornal americano elogiou a Copa no Brasil, mas ponderou: “O futebol ganhou tal importância no mundo que seus responsáveis precisam ser sérios”. Pois é!

Foto: Iustrativa

O Globo Esporte Clube Bahia voltou

Quem ainda não acordou da farra e da festa da Copa do Mundo - 2014 é bom ir se acostumando com a realidade que já está em nossa cara, em especial no nariz, tal o odor que exala da parcialidade e do clubismo dos programas esportivos de nossas emissoras de TV, já que do rádio só para ouvir transmissão daquilo que a TV não mostra. 

O exemplo mais notório deste jornalismo de rodapé, até pela audiência que eles alerdeiam de si mesmo, é o Globo Esporte Clube Bahia. O famigerado programa voltou com a infatigável dupla, o gordo e a magra, reassumindo o horário das 12h50min para fazer o que qualquer torcedor sabe fazer: torcer, mentir, escamotear, omitir aquilo que não interessa ao seu mundo tricolor.

Não temos muita alternativa se ficarmos na TV aberta, pois se escapamos da dupla do Globo Esporte Clube Bahia, iremos cair no programa esportivo em rede da Band e aturar, quem tiver saco e paciência, o programa de um tema só: “curíntia, curíntia, curíntia”. Pelas pedras de Moisés!

Foto: Ilustrativa

Skank nas ondas do rádio

Às vezes quando não se tem nada a dizer, o melhor é ficar quieto no seu canto, vendo contemplativo o tempo passar, enquanto não surge uma boa ideia para agarrar, do que ficar tergiversando, dando nó em pingo d’água, enchendo saco furado, constatação que pode até ser usada contra este blogueiro, sem noção. 

Mas o alvo aqui é outro, o novo disco do Skank lançado no mês passado e que em parte resgata o vigor de albuns definitivos como Calango e Samba Poconé, que só os seis anos de reclusão, sem lançar um disco de inéditas, foram possíveis para preparar a colheita de algumas boas canções. Talvez o novo disco não traga “standards”, sucessos “arrasam quarteirões” como Jackie Tequila, Esmola, Te ver, Pacato Cidadão, Tão seu, Garota Nacional, É uma partida de futebol, mas tem lá suas armadilhas para ouvidos e vozes sempre dispostos a reproduzir e dançar ao som das novas canções.

Prá começo de conversa ou de audição, Velocia, traz uma esperta referência, e claro, elogio, a jogadora de futebol do Barcelona, a bela Alexia Putellas, numa parceria de Samuel Rosa com Nando Reis, para a dançante e futebolística Alexia que em seus versos cita espanhois ilustres como em: “filme de Buñnel, obra de Gaudi, tela de Miró”. Bacana tambem a participação da cantora paulista Lia Paris que assina e divide com Samuel Rosa a faixa Aniversário, assim como Ela me deixou a música de trabalho e que já toca à exaustão nas FM,s do país e que remete aos bons momentos da carreira do Skank. Do mesmo modo que A noite e Rio Beautiful com arranjos que priveligiam os metais ao lado de boas intervenções das guitarras roqueiras e dos violões eletrificados.  


Um senão, fica por conta de Multidão e sua letra contestatória tendo como base as manifestações de junho do ano passado e que deságua num discurso raivoso e demagógico do rapper carioca BNegão, que na verdade não supreende, pois previsível, já que é a materia prima de sua música (?), o seu falatório. Sai dessa Skank, longe, bem longe de In(dig)nação outro bom momento da banda mineira.   

Foto: Capa do novo disco do Skank

terça-feira, 15 de julho de 2014

O melhor que não ficou entre os melhores

Não se pode ser uma coisa ou outra. Se foi o craque da Copa, evidentemente que é parte da seleção dos melhores desta mesma Copa. Mesmo que o sentido mercantilista da FIFA, venda cada milímetro de tudo que promove, deveria ter combinado com os compradores de um naco desta colcha de retalhos de interesses comerciais um mínimo de coerência nas premiações e escolha, e cada um botasse o nome de seu mafuá no prêmio a ser concedido.

A premiação sem qualquer critério plausível, do argentino Messi, como o melhor da Copa deve ter atendido unicamente a contigência do jogador se encontrar naquele instante no local da entrega do prêmio, o final da Copa e, “já que nem tem tu, vai tu mesmo”, na ausência de Robben ou James Rodriguez, entrega-se o troféu ao argentino mesmo. Uma bagunça, padrão FIFA.

Caricatura: Victor Sanchez

O Rebu

Teve inicio ontem uma nova versão da novela O rebu, do Bráulio Pedroso, exibida pela TV Globo em 1974. Lembro de ter acompanhado a época e do interesse despertado por um formato moderno e inovador na dramaturgia televisiva. A trama dura apenas 24 horas, tempo de uma festa de luxo na mansão de um bem sucedido empresário, em que um corpo aparece boiando na piscina e daí, a investigação policial em decorrência do crime em que a maior parte dos presentes são potencialmente culpados. A ideia era original e o desenrolar da ação era cativante, razão de ter se tornado uma referência no mundo das novelas globais.

Mas, os tempos são outros, 40 anos depois e com a permissividade que norteia as novelas globais pode se esperar muita cama, muita nudez, muito sexo, muita putaria, assim como na casa dos patrões que seus diretores imaginam ser o espelho do país. Ah, se fosse!

Foto: Bete Mendes, Buza Ferraz e Ziembinski (1974)

Segue o baile triste da banda dos contentes

Finda a festa e a farra da Copa, o inigualável evento esportivo realizado por aqui, busca-se a cura da ressaca com um aperitivo zurrapa, uma pinga sambada por distribuidoras de Feira de Santana – Ba, que é o reinício do Campeonato Brasileiro-2014. Um campeonato brasileiro cujo campeão não cede um jogador para a seleção do país; um campeão brasileiro que não consegue avançar na Copa Libertadores, desclassificado que foi por inexpressivos clubes chilenos, colombianos e venezuelanos, países cuja seleção, como Chile e Colômbia, passamos com dificuldades para as etapas seguintes da Copa do Mundo.

E nada será mudado, nem reformulado, mesmo que muito tenha se falado e mais ainda se falará sobre planejamento, valorização das equipes de base, limitação na saída de jovens promissores, ainda meninos, para as equipes europeias, treinadores estrangeiros etc, já que tudo ficará “como dantes, no quartel de Abrantes”. Pois é assim que quer a demoníaca dobradinha, CBF/Organizações Globo, mandatária do futebol brasileiro, cujos lucros, interesses pessoais e empresariais se sobrepõem a qualquer tentativa de mudança de rumo do futebol brasileiro. Conquista de Copa do Mundo nunca mais!

Foto: Ilustrativa

segunda-feira, 14 de julho de 2014

Go home argentinos!

Resta rasgar a fantasia, guardar a peruca, lavar a cara e se contentar com a piada sem graça, protagonizada pela FIFA ao escolher Messi como o craque da Copa, ao invés de Robben da Holanda, o verdadeiro astro da Copa - 2014.

Quanto a nós, “éramos felizes quando Bernard, Dante e William eram jogadores de vôlei, Oscar de basquete, Luiz Gustavo era ator, apresentador, Hulk super-herói e Fred era o Flinstone”.

Foto: Ilusrtrativa 
2º Paragráfo: Fonte Internet