Edu Lobo é mais um dos artistas
ilustres da música brasileira a entrar no clube dos 70, completados em agosto do
ano passado e homenageado este ano com uma biografia escrita pelo jornalista Eric Nepomuceno, o livro São bonitas as canções, a ser lançado
na Feira Literária Internacional de Paraty,
deste ano.
Além de suas vitórias em Festivais com Arrastão, em
parceria com Vinicius de Moraes e Ponteio, com Capinam, o compositor fala de sua relação difícil com seu pai, o jornalista
Fernando Lobo, que o abandonou com
um ano de idade, e de seu processo criativo na eleboração de algumas de suas inesquecíveis
canções, como Beatriz com letra de Chico Buarque.
“Edu
comentava com o parceiro Chico que
sempre haveria alguém numa espécie de torcida, numa expectativa concreta, de ver
algo nunca visto, perguntando “e se acontecer tal coisa?”. A certa altura, ele
percebeu que ficara falando sozinho: que Chico
parecia ter congelado, os olhos arregalados. Ao perguntar a ele o que achava da
ideia, a resposta veio feito um disparo: “Tenho que ir para casa”. Poucos dias
depois, Chico apareceu com uma
letra. “Achei, claro, que era a da música de encerramento do balé, O grande circo místico, diz Edu”. “Que nada: era a valsona, era Beatriz.”
Foto: Edu Lobo
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