A cantora baiana Pitty lançou o seu mais novo disco, radicalizando na proposta
roqueira que tem caracterizado a sua trajetória na música com um som mais
denso, pesado, que o lado folk de seu recente projeto musical Agridoce com o guitarrista Martin Menedezz em que as canções soam
mais melodiosas e menos barulhentas.
Com o novo trabalho, SETEVIDAS, a roqueira soltou os bichos, ainda que tenha declarado
em recente entrevista ao caderno Ilustrada
da Folha de São Paulo, que procura
na música um lugar entre Ivete Sangalo
e a banda Ratos do Porão.
Entretanto, mantém a sua fidelidade ao rock, mas não esconde o desejo de cantar
para multidões, grandes platéias, ao contrário do espaço alternativo e underground onde ela transita.
Interessante a confissão de seu processo
criativo ter resvalado, há pouco tempo, para dois sambas com melodias e letras
que sairam quase que ao mesmo tempo, para a sua surpresa, já que decididamente
não é a sua praia, embora Clara Nunes
figure no “set list” do que costuma ouvir em seu MP3 e em casa. Pois é, não se é tanto terra ou tanto mar, há sempre
na música um espaço onde os opostos possam aparentemente se chocar, mas que
cabem democraticamente nos ouvidos dos mais empedernidos.
Foto: Pitty
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