Julinha, a 1 ano e 2 meses,
que será batizada amanhã, tambem não viu a seleção ser campeã. Melhor assim,
pois mesmo vendo nada entenderia, como ninguem, desde seus pais, avós, tios e
primos que tiveram igual desorientação em enxergar e admitir como um bando desarrumado como aquele pudesse
chegar a qualquer lugar, que não aquele que a Alemanha a jogou. O limbo da história do futebol do século 21.
O espanto, o medo que sua mãe lhe casou ao presenciar
assustada os gritos de gols brasileiros frente a Cróacia, fez com que você naquele instante procurasse os braços da
babá como porto seguro, uma proteção ante aquela demonstração de alegria e fúria
comemorativa, que seus olhinhos aflitos e atônitos nada entenderam, já que tudo
aquilo estava mesmo, mais prá medo que prá festa. A inocência sabe de tudo.
Mas vovô turrão estará com você, acompanhando a
Copa Russia - 2018 e então lhe
contarei histórias do bruxo Felipão,
do poste Fred, da barata Luis Gustavo, do estica e puxa do cabelo
de Daniel Alves e você verá, como
vimos, que seu espanto em 2014 não
foi sem razão.
Foto: Julinha
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