Se lá estivesse, lá estaria como sempre estive
no cortejo do Largo da Lapinha à Praça Municipal, acompanhando os
carros dos “caboclos” na comemoração do “2 de Julho - Independência da Bahia”, na
festa cívico-popular mais importante da cidade, logo atrás das festas profanas
do Bonfim e do Carnaval.
Não que o 2 de
Julho não tenha a sua própria profanação, pela presença intrusa de políticos
em busca de visibilidade, medição de sua popularidade ou avaliação de a quantas
anda a sua rejeição perante o eleitorado a ser conquistado ou recuperado. O que
quer que eles tenham observado ou aferido não deixam escapar dos rostos um riso
amarelo de vergonha ou de cinismo, enquanto a claque organizada e paga tenta
abafar os apupos com palmas e palavras de ordem e bandeiras desfraldadas. Não
deixa de ter o seu lado cômico e grotesco.
Mas,
a galera mesmo vai compensando o calor ou afastando a garoa da chuva com latas
de cerveja na rua ou nos bares do percurso, que são muitos e tantos como o de “Seo Manoel”, já nas imediações do Barbalho. Ali, devido a frequência com
que compareço ao seu estabelecimento espanhol, a cada cortejo, já desfruto de
certas regalias, como copo de vidro, sanitário, tira-gosto de paella, mesa e
cadeira ante um espaço congestionado, lotação esgotada, como torcida argentina.
Grande “Seo Manoel”! Este
ano não pude bater o ponto no trajeto, mas no próximo ano os “caboclos” terão a
minha presença da Lapinha a Praça Municipal, bem como à tarde, desta até o Campo Grande.
Foto: Festejos do 2 de Julho
Foto: Festejos do 2 de Julho
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