quinta-feira, 3 de setembro de 2015

Asa partida

Antes de ouvir Fagner ter se transformado num martírio, num suplicio semelhante ao seu canto de carpideira inconsolável, de quem está sob a mira de um revolver, com a faca no pescoço, pedindo socorro para a sua aflição de cólicas intestinais insuportáveis, os seus primeiros discos eram audíveis. 

Até mesmo por este canto desesperado, pela novidade e, pela chancela de Nara Leão ao pontapé inicial de sua carreira com Manera Fru Fru manera – O último pau de arara, de 1973, que a musa da bossa nova avaliza com a sua participação em duas faixas, era um começo promissor, um sopro de renovação que os do Nordeste traziam para a música brasileira.

O seu terceiro disco de 1976, Raimundo Fagner ainda trazia este frescor da novidade, dos nordestinos que chagavam, após os baianos, e canções interessantes como parceria sua com o poeta Abel Silva, em Asa partida, além da regravação de Sinal fechado, de Paulinho da Viola, Conflito, Sangue e pudins, Calma violência, bons tempos aqueles em que ouvir Fagner, não era o pé no saco que é voltar a ouvir hoje, por exemplo. Um chato! Mas vale a pena voltar a ouvir Asa partida

Vídeo: Youtube

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