- Mais de 300 sobrados de famílias tradicionais
foram derrubados com a obra, o que onerou muito o valor do projeto, avaliado em
8,7 mil contos de réis. Um terço desse custo foi destinado para
desapropriações.
- O trecho da via onde está o Mosteiro de São Bento tem largura três
metros menor que o restante da Avenida
Sete. É que, diferente das igrejas do Rosário
e das Mercês, que tiveram suas fachadas frontais derrubadas, o São Bento foi poupado. A curva que
existe hoje antes da descida da ladeira mostra que um desvio foi feito. A
largura da pista tem 15 metros em vez de 18.
- Boa parte do material utilizado na obra de
construção da Avenida Sete teve de
ser importado. O asfalto veio de São
Valentino, na Itália. As vigas
de ferro, 52 toneladas, vieram da Alemanha.
Com eles foi feito o viaduto que liga a área da Aclamação à Vitória. O calçamento foi feito de pedras portuguesas
estilo veneziano. A iluminação foi importada pela família Guinle, que comprou tudo da General
Eletric, de Nova York. Trouxeram
600 postes com lâmpadas de última geração.
- A arborização da Avenida Sete, um dos seus aspectos positivos até hoje, veio do Rio
de Janeiro. Foram importados centenas de oitizeiros. As plantas se adaptaram
muito bem e boa parte resiste de pé até hoje, especialmente no Corredor da Vitória.
- A mansão dos Clemente Mariani, localizada na Ladeira da Barra (portanto, Avenida Sete de Setembro) fica em um
terreno de 61 mil m2, a segunda maior área de mata atlântica dentro de Salvador. A mansão é a última “roça”,
como eram conhecidas as propriedades que existiam na ladeira à época.
Fonte: Correio
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