Segundo Xico
Sá, jornalista e colunista em vários jornais e revistas brasileiras, além
de observador do comportamento do macho e da fêmea nestes tempos pós-moderno,
costuma afirmar que a figura do metrossexual foi criada a partir de uma coluna
de David Beckham.
Como se sabe, o
metrossexual é aquela criatura que cuida da aparência e da beleza com a uma dedicação
e determinação comoventes. Nada escapa aos seus olhares e às recomendações de
cremes, perfumes, sapatos, roupas, depilações, cortes de cabelo, atitudes e, cujo
perfil de Cristiano Ronaldo é o exemplo
mais bem acabado e completo desse dândi.
Por aqui, talvez o desbravador, literalmente,
da metrossexualidade por mais contraditório que possa parecer, foi Virgulino Ferreira da Silva, popularmente
conhecido como Lampião, não à toa,
maldosamente incluído em qualquer parada gay.
Mas, Seo Virgulino, além de um justiceiro e um “che guevara” desastrado,
era por demais prendado, uma espécie de estilista e costureiro do bando. Os
bordados de suas camisas, das saias de Maria
Bonita e de uma ou outra cangaceira mais próxima, eram frutos de sua habilidade com agulha,
linhas, carreteis e dedais. Uma coisa!
Não que Lampião
fosse um Clodovil ou um Denner do sertão, porque macho, muito
macho, apenas um homem adiante dos mandacarus e dos coronéis, embora chegado a
um lenço parisiense no pescoço, perfumes do frasco pequeno, unhas bem aparadas,
botas sempre lustradas e um pé de valsa incorrigível. Um terror da alta costura
da caatinga e dos bailes perfumados.
Foto: Ilustrativa
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