O meu nome próprio, com que fui registrado e
batizado não é lá muito assimilável num primeiro momento. Nem num segundo. Pois
há sempre a busca por uma associação ao nome do pai e mãe, junção de silabas,
algo por onde andei distante, já que por Pedro
meu pai e mãe Maria, poderia ter surgido
um Pedromar que em matéria de extravagância
só o Cartório de Registro Civil,
mais próximo.
Eu, os perdôo, por não ter sido Pedro, João, José, Paulo, Luís como
gostaria, nomes simples e populares como dos meus irmãos. Mas, devo ter sido vítima
de alguma vizinha enxerida que basta ver um recém nascido pra vir com suas sugestões
de nomes, mesmo que ninguém tenha lhe pedido nem a visita, nem o palpite.
Poderia ter sido pior, algo como Pauderney Avelino que nossos ouvidos
terão que aceitar, enquanto durar o governo golpista, ficha suja e mal cheiroso,
já que a criatura nominada é líder de qualquer coisa desse governo coisa
alguma. A tal ilegitimidade merece todos os Pauderneys do mundo, o que acho pouco provável diante de tamanha
originalidade de seus pais que assim o registrou, já que não será fácil
encontrar um Pauderney por aí.
Em uma das chamadas do programa Seleção da Sportv, comandado pelo Marcelo Barreto, ele conta que tem um amigo, que é amigo de um escocês, que iria
botar o nome do filho, Junior, em
homenagem ao grande lateral do Flamengo
e da seleção brasileira. Presente ao mesmo programa, Junior retrucou: Colocar o nome da criança, Junior, é mole, queria ver este pai colocar Leovegildo, que é o seu nome próprio. Pois é, Avelino é até suportável, mas Pauderney
é de lenhar.
Foto: Ilustrativa
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