O sambista baiano Roque Ferreira cujo talento de grande compositor parece rivalizar
com a sua conduta grosseira e mal educada com seus colegas de oficio, fez mais uma das suas. É
conhecido o seu mau humor e sua brutalidade com a doce Roberta Sá, por exemplo, que gravou o disco Quando o canto é reza, juntamente com o Trio Madeira Brasil, escolhido pela conceituada Associação Paulista de Críticos de Arte –
APCA, como o melhor disco de 2010.
Não para o autor de todo o repertório do
disco, Roque Ferreira, que em
entrevista, à época, ao Estadão, desancou
a cantora com insinuações e indelicadezas de um brutamontes, próprias de um
policial transtornado ou de alguém que não vê o tempo passar, arraigado a conceito
e posturas medievais.
Agora a vítima é a cantora Zélia Ducan que teve seu belo disco Antes do mundo acabar selecionado
pelo Prêmio da Música Brasileira
para concorrer como o melhor álbum de samba, juntamente com o CD Terreiros de Roque Ferreira e o Moacyr
Luz com o disco Moacyr Luz &
Samba do Trabalhador – 10 anos e outros sambas.
Furibundo, o sambista baiano se dirigiu à equipe
do prêmio, responsável pela seleção dos concorrentes que retirasse seu nome da
lista, pois ele não aceita disputar com a Zélia,
que segundo ele, “não é sambista, é oportunista. Entrou no samba pela porta dos
fundos”. Se alguém tinha dúvida de quem era, ou é, o dono do samba, se é que
algum dia teve, agora não se tem mais: é o Senhor
Roque Ferreira. Ninguém merece!
Foto: CD Terreiros - Roque Ferreira
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