Tudo começou quando o diretor e os atores do filme Aquarius exibiram cartazes em inglês e
francês denunciando um golpe político em marcha no Brasil, no tapete vermelho do Festival
de Cannes, este ano.
A boa acolhida ao filme do cineasta Kleber Mendonça Filho seria um bom
indicativo a uma possível escolha na seleção do filme brasileiro que pudesse
concorrer ao melhor filme estrangeiro na festa do Oscar no próximo ano.
Mas, por aqui, a truculência antidemocrática do governo golpista,
através do pau mandado que dá plantão no Ministério
da Justiça tratou de exercitar sua fúria fascista e taxar o filme como
proibido para menores de 18 anos, por sua trama de difusa complexidade sexual,
inviabilizando-o comercialmente.
Complexidade sexual, aliás, que o agente da
censura por certo não vê na “putaria” (não há outro termo) noturna no horário
nobre dos folhetins globais. Mas, a Globo
é parceira, pode, aos mortais a "caça às bruxas", sem impedir no entanto o sucesso internacional do filme, uma realidade
Foto: Diretor e atores de Aquarius, em Cannes