quarta-feira, 31 de agosto de 2016

Isto é só o começo


Tudo começou quando o diretor e os atores do filme Aquarius exibiram cartazes em inglês e francês denunciando um golpe político em marcha no Brasil, no tapete vermelho do Festival de Cannes, este ano. 

A boa acolhida ao filme do cineasta Kleber Mendonça Filho seria um bom indicativo a uma possível escolha na seleção do filme brasileiro que pudesse concorrer ao melhor filme estrangeiro na festa do Oscar no próximo ano.

Mas, por aqui, a truculência antidemocrática do governo golpista, através do pau mandado que dá plantão no Ministério da Justiça tratou de exercitar sua fúria fascista e taxar o filme como proibido para menores de 18 anos, por sua trama de difusa complexidade sexual, inviabilizando-o comercialmente. 

Complexidade sexual, aliás, que o agente da censura por certo não vê na “putaria” (não há outro termo) noturna no horário nobre dos folhetins globais. Mas, a Globo é parceira, pode, aos mortais a "caça às bruxas", sem impedir no entanto o sucesso internacional do filme, uma realidade

Foto: Diretor e atores de Aquarius, em Cannes

Deu no New York Times

 Charge: NYT

Canalha, canalha, canalha (*)



(*) Roberto Requião, senador, em seu discurso, ontem, contra o impeachment. Requião não se dirigiu nominalmente a ninguém, mas não precisou. No plenário, Aécio Neves, ao lado de Antonio Anastasia, sabia que era para ele. O câmera da TV Senado também. Teve a gentileza de focalizar Aécio mais adiante no discurso, escarrapachado na poltrona, visivelmente desconfortável.

Em 2 de abril de 1964, o avô de Aécio, Tancredo, deu o mesmo grito para Auro de Moura Andrade, que declarou vaga a presidência da República quando João Goulart estava em Porto Alegre.

Fonte: Paulo Nogueira

Lavagem de Madeleine



O candomblé e diversas manifestações da cultura afro-brasileira se encontram com o catolicismo na lavagem da escadaria da igreja, coroada com a apresentação de Caetano Veloso.

Poderia ser em Salvador, na Lavagem do Bonfim, na matriz de Nossa Senhora da Purificação, em Santo Amaro, mas é em Paris, na Paróquia da Madeleine.

Este ano, a famosa lavagem completa 15 anos, e se transformou num evento que vai de hoje até domingo com um público cada ano maior que o anterior. E não são apenas brasileiros, baianos em especial, mas também parisienses que não resistem a um “buxixo” musical, uma festa, e  tenham algum orixá como seu guia. Saravá!

Foto: Lavagem de Madeleine

Na penúria


Como era de se esperar a falta de dinheiro na campanha eleitoral é visível, devido a proibição do financiamento privado de campanha e a crise econômica. Em Salvador, felizmente, se ouve um ou outro carro de som passando pelas ruas, e pouco material de propaganda fixa, como cartazes, painéis, etc

São tempos duros, tanto que determinado partido destinou do fundo partidário apenas R$ 25 mil cada candidato a prefeito de cidades acima de 100 mil eleitores. Aos demais sobrou a venda da casa, apartamento, sitio, ações na Bolsa se quiserem ter esperança na cadeira de executivo municipal ou um assento nas Câmaras de Vereadores.

Foto: Ilustrativa