Na vitória a gente esquece, as vitórias são quase sempre irretocáveis,
sobre elas recaem sempre os louros, os fartos elogios; que seja assim então.
Mas, apesar de ter vivido, como vocês, todos aqueles 120 minutos e mais de
tensão, por um momento pensei na afirmação do jornalista da ESPN que dizia ser a seleção alemã um “catadinho”,
uma seleção alternativa e não a verdadeira seleção olímpica de futebol
masculino da Alemanha.
Vimos que
não. Ainda que os caras sejam grandalhões, alguns brucutus, cintura dura etc,
eles apresentaram uma disciplina tática, um senso de marcação, uma organização
defensiva que ficam longe, distantes de “catadinhos” e quejandos. Na verdade,
fruto de um trabalho de base que alcança a seleção principal com resultados admiráveis
conforme comprovação nos gramados em qualquer competição, seja seleção olímpica
ou não. Nada é improvisação, tentativa de dar certo, dá certo porque há
trabalho, organização, persistência.
Do nosso lado, sim, tudo é a vaga esperança de que vai dar certo,
e às vezes dá. Ficou de tudo a triste certeza que seremos, com este elenco,
sempre uma seleção capenga, a espera de um lampejo de Neymar para que as situações se definam, pouco importa se com Micale ou Tite, será assim.
Mas, ficam algumas certezas como a presença de Marquinhos sinalizando que David Luís nunca mais, tampouco Luís Gustavo, graças ao novo posicionamento
de Renato Augusto, grata surpresa, e
que o ciclo de Marcelo e Daniel Alves chegaram ao fim; que os “Gabrieis” são uma realidade, só não se
sabe se continuarão como meros coadjuvantes do jogador do Barcelona ou protagonistas como são em seus clubes.
Foto: Ilustrativa
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