terça-feira, 30 de agosto de 2016

Num tempo da delicadeza

Se a odontologia perdeu, talvez, mais um profissional, a música brasileira ganhou um músico criativo e surpreendente em suas melodias que parecem saídas das cordas de algum concertista, rebuscado e original. É Guinga, violonista e criador de texturas musicais envolventes que se imaginam impossíveis de receber textos, versos, letras. 

Mas não para um mestre das palavras, rimas, achados líricos como Paulo César Pinheiro que deu voz a canções admiráveis que se ouve na voz de Mônica Salmaso, por exemplo, com uma espécie de nó na garganta, tentando conter a emoção.

Foi assim, que a cantora paulista exibiu para uma plateia extasiada o repertório destes dois grandes artistas no show Corpo de baile, sábado e domingo no Teatro Castro Alves, em Salvador. São canções com mais de 30 anos de compostas que nunca foram gravadas, em sua maioria, e cujo resgate se deu graças ao garimpo da própria Mônica e amigos, para enfim receber o registro definitivo de uma obra invejável. 

Cada canção merecia uma pequena história que ela dividia com a público, tornando a sua execução e interpretação o ponto final de um trabalho de ourives como em Navegante,  Nonsense, Fim dos tempos, Bolero de Satã e mais. Excelente!

Foto: Ilustrativa

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