A Rádio UOL, que ouço regularmente, sempre me está pondo em contato com músicas que permanecem adormecidas em minha memória pelo fato de muito tempo sem ouvi-las, mas que a primeira audição já me leva a procurar em download, para baixar. Foi agora, recentemente, que ouvindo Baticum, uma composição de Chico e Gil, gravada pelo tropicalista em seu disco “O eterno deus mu dança”, que me lancei a sua busca, já que meus discos, CDs e LP’s, estão em Salvador. Logo encontrei o Baticum, na verdade um baticum sem procedência e gravei mesmo assim.
Hoje pela manhã, em minha caminha diária, MP4 colado ao ouvido, chamou a minha atenção a canção que ouvia identificada como Baticum. Surpreso constatei que não era o Baticum de Chico e Gil, mas um outro Baticum tão esperto quanto ao dos eternos compositores, mas gravado por uma outra voz, também nova. Saí a campo e descobri a interpretação de Pedro Miranda, uma das vozes renovadoras do samba na Lapa, assim como outros jovens que se propuseram a esta tarefa de não deixar o samba morrer. O Baticum do jovem cantor é de autoria de Mauricio Carillo e Paulo César Pinheiro que em versos sensuais descreve o encanto e a sedução que uma cunha lhe causou:
...
Aquela nativa
Amiga dos bichos
Também tem caprichos
Como qualquer um.
Aquela indiazinha
Cunhã de uma figa
Adora cantiga
Que tem baticum
Amiga dos bichos
Também tem caprichos
Como qualquer um.
Aquela indiazinha
Cunhã de uma figa
Adora cantiga
Que tem baticum
Por isso é que eu canto
Cabocla morena
Na noite serena
Bebendo cauim.
Um dia eu te atraio
E faço contigo
Umbigo com umbigo
Nosso curumim.
Cabocla morena
Na noite serena
Bebendo cauim.
Um dia eu te atraio
E faço contigo
Umbigo com umbigo
Nosso curumim.
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