quarta-feira, 28 de março de 2012

Computa, computador, computa...


O humor brasileiro neste final de mês, até o momento, trouxe duas baixas lastimáveis. Depois do múltiplo Chico Anysio, agora é a vez do inclassificável Millôr Fernandes. Millôr era tantos, que o humor era apenas uma de suas inúmeras faces, já que lhe fica bem os epítetos de pensador, filósofo, dramaturgo, artista plástico, gráfico, jornalista, tradutor, cartunista, humorista na grande imprensa e da não tão grande, já que alternativa, mas que fez um barulho danado, como o PASQUIM de quem foi um dos co-fundadores.

Millôr é eterno e quem se interessar por seu legado literário e humorístico terá pela frente uma tarefa inconclusa tal a dimensão de sua obra. O que conheço de Millôr é pouco, muito pouco diante de sua grandeza, mas suficiente para saber do homem genial como poucos, neste país de celebridades do mundo das letras e artes, nascidas nos cadernos literários e resenhas dos críticos amigos.. Comecei por Liberdade, liberdade, em 65, quando vim morar em um pensionato em Salvador e, que era uma peça de teatro com citações de escritores e pensadores universais e nacionais tendo como tema a liberdade, em um momento que ela estava sob os coturnos militares. Evidente que a peça encenada pelo Grupo Opinião foi censurada e proibida em todo país. Vai Millôr, descansa em paz!

“Sim, do mundo nada se leva. Mas é formidável ter uma porção de coisas a que dizer adeus”.

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