Se há algo de errado entre membros de uma mesma família é comum e aceitável que neste âmbito estritamente limitado sejam emitidas opiniões muitas vezes desqualificadora sobre algum deslize cometido por aquele integrante do núcleo familiar. Mas, se algum estranho resolve meter o bedelho e desandar falação sobre este mesmo individuo posto em julgamento nas hostes do clã, o tempo fecha e não mais se permite expressões desabonadoras por quem não tem o mesmo sangue correndo nas veias. Sabemos como se tocam as obras públicas de nosso país, da qual o Metrô de Salvador vai acabar virando símbolo de ineficiência, de desmando administrativo, de corrupção desenfreada, enfim, de todas as mazelas que tanto conhecemos e que tanto nos entristecem. E que merecem de fato um pé na bunda para que se ponha o trem nos trilhos, que a coisa ande dentro dos limites de celeridade e eficiência, que se cumpra de fato um cronograma de entrega e que as obras estejam prontas pra uso dentro do previamente estabelecido.
Mas, se algum dirigente da FIFA, ébrio ou movido por algum pó de origem paraguaia, desqualifique o andamento das obras do país para Copa de 2014, enxergando apenas os interesses comerciais e financeiros da FIFA com a armação deste circo em que se tornará nosso país em 2014, é inaceitável. Afirmar que as coisas em nosso país não andam e que o Brasil precisa avançar, tomar um chute na bunda e entregar a Copa do Mundo, por mais verdade que frase traga ele não pode ser proferida por um forasteiro, um mercenário. Já que em sua calculadora diabólica não são contabilizados os extraordinários custos que o Brasil arcará para montar a arena exigida pela FIFA. Esta Copa de 2014 no Brasil foi um erro desde a sua escolha e, de erro em erro seguirá até a sua realização, isto se a FIFA montada em seus interesses comerciais não nos virar as costas e for bancar seu show em outro país. Países que, aliás, já possuem toda a estrutura montada para a sua realização como o caso da Inglaterra, Canadá além o estado americano de Chicago.
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