terça-feira, 20 de março de 2012

À espera da intercessão de São José.


19 de março, dia de São José. Em várias cidades, lugarejos e vilas nordestinas assoladas pela seca, formaram-se procissões noturnas, roubos de imagens do santo intercessor da chuva e da abundância, pedindo a sua presença, a da chuva, entre nós, mas até agora nada. O serviço de meteorologia parece que tem outro santo protetor e reza por outro catecismo. A situação ganha contornos de dramaticidade caso perdure a estiagem, cujo exemplo mais contundente, por aqui, é o nível de água da barragem de Mirorós na região de Irecê que caiu a 10% de sua capacidade, fazendo com que várias localidades tenham água em suas torneiras, duas ou três vezes por semana.

Na feira da cidade, em que a comercialização de frutas e verduras atende a uma demanda satisfeita pelos centros produtores ou distribuidores de Jacobina, Juazeiro ou Feira de Santana, não se encontra produtos típicos da agricultura familiar, de subsistência como o feijão-de-corda, quiabo, maxixe, cebola verde, coentro, mangalô, andu. São culturas simples, às vezes de fundo de quintal, mas que são queimadas pela inclemência do sol e a ausência de água, não para irrigar, já que são pequenas áreas, mas para molhar mesmo. “A vida aqui só é ruim/quando não chove no chão/mas se chover dá de tudo/fartura tem montão”. (Último pau de arara).

Nenhum comentário:

Postar um comentário