Esta mixórdia pavorosa, apelidada de Fina Estampa, só poderia ser mesma expelida por uma mente perturbada como Agnaldo Silva, trazendo a reboque suas frustrações, fantasmas, insatisfações e onde a única personagem verossímil seja o mordomo Crô, talvez pela proximidade entre criador e criatura. O resto é a exacerbação do mal, da picaretagem e da vilania em proporções sempre crescente a depender do grau de satisfação obtida ou não pelo espectador.
Mas, em meio a este emaranhado do mal há algo de deleite, ou melhor, de audível, que é a gravação e a interpretação de Ivete Sangalo para uma canção do Rei “Eu Nunca Amei Ninguém Como Te Amei”. A composição é uma dessas tantas canções xaropes que Rei cometeu depois da Jovem Guarda e que na voz da Ivete ganha vida e se torna palatável até para quem é diabético.
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