quarta-feira, 14 de março de 2012

"Eu nunca amei ninguem como eu te amei"


Esta mixórdia pavorosa, apelidada de Fina Estampa, só poderia ser mesma expelida por uma mente perturbada como Agnaldo Silva, trazendo a reboque suas frustrações, fantasmas, insatisfações e onde a única personagem verossímil seja o mordomo Crô, talvez pela proximidade entre criador e criatura. O resto é a exacerbação do mal, da picaretagem e da vilania em proporções sempre crescente a depender do grau de satisfação obtida ou não pelo espectador.
Mas, em meio a este emaranhado do mal há algo de deleite, ou melhor, de audível, que é a gravação e a interpretação de Ivete Sangalo para uma canção do ReiEu Nunca Amei Ninguém Como Te Amei”. A composição é uma dessas tantas canções xaropes que Rei cometeu depois da Jovem Guarda e que na voz da Ivete ganha vida e se torna palatável até para quem é diabético.

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