domingo, 25 de março de 2012

Tá lá um corpo estendido no chão.


A tragédia ocorrida ontem na cidade revela a fragilidade, a incapacidade do poder público em lidar com ocorrência como esta. Os corpos ficaram jogados ao chão, na mesma posição em que foram mortos, durante toda a manhã, pela inexistência de um perito para o levantamento cadavérico. Tambem naquela manhã havia a indisponibilidade de uma ambulância para que os corpos fossem levados a Jacobina, onde seriam periciados.Apenas um policial guardava a residência onde ocorreu o crime para impedir o acesso de curiosos as suas dependências.

Contrastando com este quadro de desassistência social, a cidade alegria estampava em várias de suas ruas, faixas que em uma espontaneidade comovente, parabeniza o prefeito pela aprovação de suas contas a cargo do Tribunal de Contas dos Municípios-TCM. Creio que para um gestor público ter as suas contas aprovadas por qualquer tribunal em qualquer instância é uma obrigação, algo natural, jamais motivo de regozijo ou comemoração. Só mesmo esta inversão de valores, um chute na barraca da ética e da moralidade para justificar o forró, o banzé.

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