Em Salvador, alem do cumprimento a consultas médicas marcadas, tinha uma outra obrigação na cidade que era assistir O artista, o grande filme ganhador do Oscar de 2012. Não pelo fato de ter sido o vencedor, mas em especial por trazer de volta a história em que o cinema mudo e em preto e branco que Chaplin, Os irmãos Marx, O gordo e o magro celebrizaram, seja o motor desta tocante obra francesa. A glória e o ocaso de um ídolo popular com a chegada do cinema falado expõem a dificuldade em aceitar o novo, a transformação, a própria evolução do cinema que para George Valentin (Jean Dujardin) era imutável, fato consumado, o seu sucesso e a sua fama.
Não é bem assim e não foi para George Valentin que com a chegada do som para os filmes mudos, soou para ele, o grande astro de então, como uma invenção que não se sustentaria e não abalaria o seu poder absoluto. Foi uma má avaliação, pois em pouco tempo uma fã, uma admiradora, tenaz principiante em busca do sucesso como atriz Peppy Miller (Berenice Bejo) tornou-se uma celebridade para as grande platéias. Este contraponto, ascensão e queda servem como matéria propulsora de uma história alegre e comovente.
O cinema mudo, os musicais, Fred Astaire, Geny Kelly, Ginger Rogers, Cid Charisse, o preto e branco são homenageados nesta volta ao passado, sem saudade, sem pieguice, mas como uma lembrança boa de uma época dourada da história do cinema.
Nenhum comentário:
Postar um comentário