domingo, 18 de março de 2012

A Dama de Ferro


Pode não ser um grande filme, mas a figura de Margareth Thatcher tem uma importância histórica tão grande que torna a sua trajetória política uma obra admirável em que pese as conseqüência de ser radicalismo conservador É evidente a busca pela humanização de uma personagem tão controversa na década de 80 para a Grã Bretanha. Da velhinha simpática que compra leite em uma mercearia e o seu espanto com o ataque terrorista do grupo irlandês IRA, estampado na manchete de um jornal, até as suas decisões como Primeira Ministra tudo em cenas presentes e passadas revelam o perfil da Dama de Ferro.

Thatcher tratou os sindicatos e as graves dos mineiros do carvão com uma violência própria dos conservadores e que gerou descontentamento na comunidade internacional, sem que a Primeira Ministra cedesse às reivindicações grevistas. Do mesmo modo duro ordenou a invasão das Ilhas Malvinas ocupada pela Argentina, que se diz ter a posse da Ilha, em uma ação desastrada da junta militar que governava o país. As tropas inglesas venceram e humilharam os argentinos que ainda hoje não se conformam com a perda daquele território. Mas o fato histórico mais importante do governo de Margareth Thatcher foi a sua recusa em participar da zona do euro, o que levou o Partido Conservador a não conduzi-lo ao poder em 1990. A não participação do Reino Unido à zona do euro se deu sob a alegação de Thatcher de que aquele projeto de unificação da moeda seria mesmo uma zona dominada pela Alemanha e que não se sustentaria. Mais de 20 anos depois, a crise enfrentada por vários países do euro dão razão a velha ex-Primeira Ministra inglesa.

Mas há algo de notável em A Dama de Ferro que é o desempenho da atriz americana Meryl Streep cuja semelhança adquirida com a ilustre personagem, transita em todo filme como se tratasse de um documentário em que a figura central fosse, como de fato é, a Primeira Ministra Margareth Thatcher

Nenhum comentário:

Postar um comentário