Longe da cidade alegre, revendo familiares e amigos, respirando ares menos provincianos embora com a dramaticidade e mesmo comicidade dos testes do metrô de Salvador, por exemplo. Previsto para funcionar no final do ano em fase experimental, sem custo para a população, o metrô vai se arrastando e arrastando mais um caminhão de verba complementar, que em um país sério já daria para fazer metade de uma volta ao mundo, enquanto por aqui praticamente não vai sair do lugar.
Os testes realizados na minúscula linha que liga a Estação da Lapa a Estação Pirajá é pouco, muito pouco, para o que se gastou e pela duração interminável da obra. A velocidade demonstrada nos testes para por os vagões em movimento, após mais de dois anos parados em galpões improvisados em Campinas de Pirajá, é páreo para Rubinho Barrichello ou para tartarugas marinhas que são bem mais ágeis que as terrestres, mas não convencem como velocidade para transportes de massa.
O folclórico metrô de Salvador fará jus mesmo ao deboche e as piadas que circulam a seu respeito, andando nas três velocidades do baiano: “devagar, muito devagar e Dorival Caymmi”.
Simanca - Charge
Simanca - Charge
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