sexta-feira, 4 de maio de 2012

"Pinga ni mim, pinga ni mim"



Em sua recente visita aos Estados Unidos a Presidente Dilma Rousseff levou como mimo ao seu colega Barack Obama algo que é tão caro aos costumes nativos, como uma garrafa de pinga, da branquinha. A presidente deve ter sido orientada quanto ao presente a ser dado ao seu colega, independente do produto ser eminentemente uma preferência nacional, o Obama tem um jeitão de quem já ralou muito cotovelo em balcões de botequim, sendo assim já foi ou é da comunidade.  

A pinga escolhida para presentear o presidente americano foi uma garrafa de Velho Barreiro, que ganhou uma inesperada alavancada em sua marca, pela promoção, já que qualquer caipirinha que se preze pede companhia mais nobre que a do ancião Barreiro. Muito embora a garrafa presenteada seja infinitamente distante destas que compõe a decoração, ou a sua falta, destes bares “pé sujo” da Mistura, Baixinha ou Boiadeira.

AVelho Barreiro Diamond” de Obama vem embalada em uma garrafa com design francês, cravejada com 211 diamantes num total de 7.3 quilates, além do bafo e do papo do consumidor, armação em prata e ouro ao preço de 212 mil. Com todo este dengo etílico, tenho dúvidas se esta pinga metida a besta faça frente a uma Cabeceira do Rio, por exemplo, destilada sob a supervisão e cuidados de “Seo Beínha”, especialmente para o mano Juracy, companheiros de mesa e de rinha aos domingos no Bar Central.  

Um comentário:

  1. Concordo em gênero e numero. Tenho certeza que Juracy e Beinha pensariam como a gente.

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