A banda Rolling Stones completa, este ano, 50 anos de estrada, enquanto as figuras centrais e carismáticas de Mick Jagger e Keith Richards, com 68 anos, encarnam tanto tempo depois a rebeldia e a ousadia que marcaram o começo de suas carreiras no inicio dos anos 60. Os Stones em termos de apelo mercadológico seriam a antítese dos Beatles que já incendiavam o mundo com suas baladas e seus rockzinhos “maneiros”. Eles ao contrário eram feios, caras de maus, bêbados e com uma musicalidade visceral tendo como base o rock, o blues e letras que refletiam insatisfação e questionamento próprios de uma juventude atenta por mudanças nas estruturas sociais e já caindo de boca nas drogas pesadas. Estouraram com uma rapidez impressionante ao redor do mundo e conviveram com a fama dos Beatles civilizadamente, afinal de conta eles todos eram ingleses e sabiam como se comportar à mesa.
Não por coincidência o último disco com o baixista Brian Jones, membro fundador da banda, morto por overdose, tem no primeiro disco do Stones de visibilidade mundial, Beggars Banquet, de 1968, com os sucessos Street Fighting Men e Symparty for the devil. Antes eles já tinham experimentado o sucesso, com a explosão do compacto duplo que trazia Satisfaction (I can’t get no). Logo depois viria Sticky Fingers, com o sucesso Brown Sugar, cuja capa foi criada pelo artista plástico Andy Warhol que trazia uma foto de calça jeans com um zíper na braguilha que podia ser aberta, sem que nada saísse de dentro a não ser o encarte e o vinil, felizmente.
Já nesta fase geriátrica os Stones ainda podem surpreender. Para este ano está previsto o lançamento de um documentário com entrevistas de todos os seus integrantes, aqueles que já passaram pela banda e deram depoimentos antes de morrer ou sair, e dos atuais quatro membros da banda mais longeva da história do rock mundial. Alem da promessa de um novo disco de inéditas para 2013 e uma turnê, quem sabe a última, mesmo que se espere que não.
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