domingo, 6 de maio de 2012

O serviço de meteorologia informa:



Na cidade alegre o tempo permanece estável, com pancadas ou escaramuças invernais esparsas e nuvens negras ameaçadoras que não passam de ameaças mesmo, infelizmente. No entanto, o clima é outro; agradável, frio, próprio para um sono bom, ainda que o astro rei brilhe sobre os dias, as manhãs de minhas caminhadas são frias e acompanhadas de garoa.

Já no Arraiá do Capim Guiné ou que nome tenha outra folhagem qualquer, o clima esquentou de vez. Chutaram o pau da barraca na falta de argumento convincente para a manutenção da festa, cuja defesa só se justifica por capricho, vaidade pessoal ou por interesses comerciais de estabelecimentos localizados na Praça Getulio Vargas. E por estes viés, a defesa dos comerciantes da praça, por razões mais que óbvias, prende, arrebenta, expulsa, apaga, deleta, esgrime uma arrogância própria de um autoritarismo caduco, mas de triste memória em nossa história recente. É a festa pela festa e estamos conversados.

Só que a defesa dos comerciantes da praça não contava com a bandeira de evangélicos unidos, brandindo contra a festa, tomando o espaço de reuniões, ameaçando com ações junto ao Ministério Público, manifestos, abaixo-assinados o diabo a quatro, aliás, Jeová a quatro.   

Se não há sensibilidade política e social para entender o drama que não é local, mas de quase a metade do estado, parte-se prá ignorância, pro quanto pior, melhor. Uma festa é apenas uma festa, o sofrimento e a dignidade das pessoas, dos animais não, vão bem mais além do que o mais mesquinho dos espíritos não possa alcançar.


 

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