O departamento de Toxicologia da Policia Técnica de São Paulo em estudo recente
constatou a concentração tóxica poderosa da maconha em circulação no estado e seu
efeito avassalador entre os consumidores de uma droga até então de leve
letalidade ao organismo humano. Bem distante, pois, daqueles inocentes baseados
que rolavam de mão em mão, nos anos 70, em sessões musicais em apartamentos de
amigos, nos DA’s da UFBA, na Praia dos Artistas e Ponta
de Humaitá, como companhia aos livros de Hermann Hesse, show dos Novos
Baianos, Diana Pequeno, nos papos cabeças nos jardins do ICBA enfim, bem antes de descobrirem
que o “barato” podia ser uma alta fonte de renda. E foi o que se viu,
lamentavelmente.
Também um pouco distante do verão de 87/88, conhecido como o verão Da lata, graças a um navio panamenho
com destino a Miami, que se viu
acossado nas costas brasileiras pela nossa policia marítima e para fugir do
flagrante jogou ao mar o carregamento de maconha enlatada. “A novidade veio dar
na praia” em mais de 3.000 quilômetros do litoral brasileiro do Rio Grande do Sul até Vitória, com maior concentração em São Paulo e Rio. Quem viveu o momento conta que à noite as praias de Praia Grande, em Ubatuba, Arpoador e Leme no Rio eram tomadas por procissões de zumbis em busca “da lata”, cuja
qualidade do produto era confirmada por consumidores de apurado gosto “fumacê”
cujos nomes não convêm revelar.
Todo este introito em torno da “cannabis sativa” vem a propósito de alguns comportamentos
assumidos, ultimamente, pela nossa rainha do rock, a tia Rita Lee. O último ou aquele que talvez pudesse sê-lo foi o quiproquó
em Aracaju com discurso considerado
ofensivo aos policiais que resultou em seu encaminhamento à Delegacia de Policia, abertura de inquérito
e pagamento de multa. Ali, Rita
dizia ter sido o último show de sua carreira, que não mais subiria em palco, mas
que não se afastaria da música, o que se cofirmou com o lançamento de seu
último e bom disco Reza. Mas, a tia
não cumpriu a palavra e voltou aos palcos em Brasília, onde em determinado momento do show arriou as calças e
mostrou a bunda para a plateia. Espantada e constrangida com aquela parte de
sua anatomia, a plateia reconhecia que um traseiro como aquele jamais deveria
ser mostrado, mas amarrado ou esquecido em casa antes de vir a público. Parece
que a tia tá consumindo uns baseados com aquele material analisado pela Policia Técnica de São Paulo, o efeito
é de fato avassalador ainda mais para quem tem uma cabeça rodada por tantas
outras viagens. Se segura tia!.
Foto: Marcelo Ferreira - A.Press
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