Não tenho saudades de mim, ou daquilo que fui e que posso lembrar com os olhos de agora e que me faz meio patético, meio palhaço, buscar o equilíbrio entre o ridículo e o ancião de agora. Tudo isto para entender o que as nossas mestras, queridas professoras, que jamais entenderiam ou que sequer viriam a conhecer o mar, nos fazer decorar o que é “istmo”, o que é “península”.
Sertanejos como nós, estes acidentes geográficos pouco ou nada nos dizem. Sabemos de açudes, aguadas, trincheiras, pontes, tanques. Na altura de nossa ignorância marítima, que talvez tenha nos deixado de fora da universidade por não sabermos de istmos e penínsulas, mas aqui prá nós, tá certo mesmo, desconhecer um istmo, como é que pode.
Hoje, pela manhã, do mirante do Elevador Lacerda, graças a exuberante luminosidade sobre a Baia de Todos os Santos, pude enfim saber o que é uma península. Com toda a nitidez de uma manhã de muito sol, vi que era uma faixa de terra que se aventurava ao mar sem se desligar do continente. Simples assim. Aos meus olhos era a Ribeira, bela Ribeira, mas aos olhos de nossas mestras lá pelos idos dos anos 60, nada mais que uma miragem geográfica a nos fazer entender o que elas, coitadas, nunca sacaram qual e
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