quarta-feira, 26 de dezembro de 2012

É verão, bom sinal, já é tempo!


Existem dias de sol e dias quentes, tórridos, desérticos como estes do sertão, assolados por uma seca que se prenuncia de uma penúria franciscana, sem tempo para acabar. Como se não bastasse o sol abrasador, o pior são as suas consequências e o rol de destruição que se arrasta como o manto de uma bruxa má, entregando a falta d’água, o desabastecimento, a morte de rebanho, a desolação.

Do outro lado quente do sol, se apresenta a costa brasileira, em especial a nordestina e sua luminosidade intensa, uma movimentação frenética de turistas, festas, shows, bares da moda ou fora num contraste daquilo que o sol é capaz de trazer; a festa, a farra ao invés da fome e da sede. “Oh mundo tão desigual/ tudo é tão desigual./de um lado este carnaval/de outro a fome total”.      

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