Ainda aqui pela cidade alegre pedi aos de casa
que fizesse a tentativa de conseguir ingressos para o show de Betânia, Cartas de amor, em Salvador
nos dias 01 e 02 de dezembro, tão logo fosse iniciada a venda de ingressos.
Assim foi feito. Chegando à bilheteria no dia previsto, Camila foi informada que os ingressos cuja venda se deu a partir
das 12 horas foi encerrada às 15 horas com a lotação total dos dias esgotada
naquelas três horas. Nada contra o apelo popular da cantora baiana, possível
sim, desta procura desenfreada e atropelada para as suas apresentações, mas
como estes ingressos misteriosamente desaparecidos foram parar nas mãos dos
cambistas em quantidade que impressionavam.
Restavam eles, os cambistas. Com a escorcha
previsível conseguimos 02 ingressos para o dia 1º de dezembro em poltronas
localizadas na metade da lotação de mais de 1.500 lugares do TCA, em visão privilegiada a um custo
que poderia ter sido evitado houvesse fiscalização e repressão ao cinismo e a
desfaçatez dessa gente. O volume de ingressos em mãos destes contraventores em
número considerável era como se apenas eles ou seus asseclas tivessem acesso às
bilheterias do teatro. Revolta e indignação foi o que restou, e que só o canto
de Betânia, à noite, pode amenizar.
Em um dado momento do show a luz do palco
desapareceu, ficando ás escuras, o que motivou um recado da cantora em que dizia
da impossibilidade de prosseguir. A diretora do espetáculo, Bia Lessa, veio à boca de cena pedir
desculpas e do retorno imediato do show onde ele foi interrompido. E voltou em
grande estilo. Com uma cenografia em que luzes davam ideia de um céu estrelado
com direto a estrelas candentes morrendo de uma extremidade a outra do placo, Betânia sentada em um tronco de árvore
cantou Guacyra a bela valsa de Joraci Camargo e Heckel Tavares. De tirar o fôlego!
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