São momentos como este, entre outros, que me
angustia viver por aqui. A apresentação da cantora paulista, Fabiana Cozza, dentro da programação da
Caixa Cultural, em Salvador, nos dias 11,12,13, e 14 de
julho, é um destes momentos que sem dúvida estaria presente se lá estivesse. Fabiana é uma das mais bonitas vozes de
nossa música contemporânea que, a cada disco, já são três, mostra um
amadurecimento e o refinamento cada vez maior na escolha de seu repertório. Músicas
inéditas de compositores de sua geração são intercaladas com sambas de bambas
de porte de Ney Lopes Wilson Moreira,
Sombrinha, Paulo César Pinheiro, Baden Powell entre outros.
Fabiana é a confirmação desta
imensa capacidade de nossa música em revelar talentos, em especial vozes femininas,
já que Emilio Santiago deixou uma
lacuna que é preenchida por compositores que se transformam em interpretes de suas
próprias criações, às vezes sem muito brilho. Enquanto isto as filhas de Elizete, Maysa, Ângela Maria, Dalva de Oliveira,
Betânia, Gal, Elis vão surgindo e ocupando o espaço de uma sempre crescente
constelação musical, feminina.
Foto: Fabiana Cozza
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