A respeito do post abaixo “Nós que amávamos tanto
a revolução” fica claro que o titulo é o mesmo de um livro, de outro livro, de
uma peça de teatro do grupo Oficina SP
em que todos giravam em torno dos acontecimentos que sacudiram a Europa no final dos anos 60 e mais
especificamente a França com o emblemático
maio de 68. Episódio que incendiou
toda uma geração em busca de caminhos, de mudanças e cujos reflexos se
espalharam por lugares insondáveis para o mais atento observador político.
Por
aqui, já vivíamos às voltas com os nossos protestos contra a ditadura militar do
golpe de 64, que os acontecimentos do maio/68 serviram de estímulo para o
prosseguimento na luta pelos nossos sonhos, logo transformados num pesadelo em
dezembro/68 com a edição do AI-5 e o
mergulho nas trevas do obscurantismo militar. Mas, isto é história e que “1968 – O ano que não terminou” do Zuenir Ventura é leitura obrigatória,
prá captar este momento histórico!
Então, a revolução que amávamos era a revolução
que sonhávamos e não aquela decorrente de uma quartelada militar em 31 de março
de 1964, contra a qual fomos às ruas, onde gritamos, berramos, protestamos até
não poder resistir. Dispersos enveredarmos por caminhos tantos e tortos para
enfim sobrevivermos reverenciando os que foram tragados pela fúria repressora e
assistirmos comovidos o renascimento do ímpeto perdido pelos peso dos anos e da
desilusão, nas manifestações de agora. Reaprendendo a sonhar.
Foto: Cartaz de manifestantes sessentões
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