sexta-feira, 12 de julho de 2013

Fomos tão jovens!

A respeito do post abaixo “Nós que amávamos tanto a revolução” fica claro que o titulo é o mesmo de um livro, de outro livro, de uma peça de teatro do grupo Oficina SP em que todos giravam em torno dos acontecimentos que sacudiram a Europa no final dos anos 60 e mais especificamente a França com o emblemático maio de 68. Episódio que incendiou toda uma geração em busca de caminhos, de mudanças e cujos reflexos se espalharam por lugares insondáveis para o mais atento observador político.
 
Por aqui, já vivíamos às voltas com os nossos protestos contra a ditadura militar do golpe de 64, que os acontecimentos do maio/68 serviram de estímulo para o prosseguimento na luta pelos nossos sonhos, logo transformados num pesadelo em dezembro/68 com a edição do AI-5 e o mergulho nas trevas do obscurantismo militar. Mas, isto é história e que “1968 – O ano que não terminou” do Zuenir Ventura é leitura obrigatória, prá captar este momento histórico!

Então, a revolução que amávamos era a revolução que sonhávamos e não aquela decorrente de uma quartelada militar em 31 de março de 1964, contra a qual fomos às ruas, onde gritamos, berramos, protestamos até não poder resistir. Dispersos enveredarmos por caminhos tantos e tortos para enfim sobrevivermos reverenciando os que foram tragados pela fúria repressora e assistirmos comovidos o renascimento do ímpeto perdido pelos peso dos anos e da desilusão, nas manifestações de agora. Reaprendendo a sonhar.
 
Foto: Cartaz de manifestantes sessentões

 

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