Toda vez que o governo, ou algum partido político,
fala em regulação da mídia, ela a grande imprensa se levanta em uníssono, e
corporativa como sempre, faz marola, esbraveja contra os autores da
ideia, afirmando que é um projeto contrário a liberdade de imprensa, é a volta
da censura, o controle da notícia, blá, blá, blá entre outras baboseiras. Ela,
a grande imprensa, cinicamente, sabe que não é assim, já que esta mesma
regulação é posta em prática na maioria dos países europeus e nos Estados Unidos sem que com isso haja
nenhum vestígio de limites à liberdade de expressão, a livre manifestação do
pensamento.
O que se busca com a regulação da mídia não é o
controle da informação, mas a sua democratização, o pluralismo de opinião, estabelecendo
limites que inibam a formação do monopólio, este sim, o verdadeiro controle da
notícia pelos grandes grupos que atuam no mercado das comunicações sejam as
emissoras de rádio e televisão e os jornais. Dando nome aos bois; o que a Rede Globo de Televisão junto com os
jornais Globo, Estadão e Folha fazem hoje no país é o domínio da
informação, a ditadura da notícia, que é aquela que convém aos seus donos, como
verdade. Basta ver as manchetes destes jornais, a cada manhã, como elas seguem
o mesmo figurino hostil ao governo que não é a representação da elite branca e
perversa que eles espelham. Desde o fim da era do “príncipe mulato da
sociologia cabocla” que os governos que se seguiram aos inventores do “real”,
todos ligados ao Partido dos Trabalhadores,
sempre tiveram nos editoriais e manchetes desta mídia ditatorial, a ira e a
fúria de possíveis escândalos sem a devida comprovação, distorção dos fatos,
ilações, sofismas que maculam e mancham reputações como se fossem tribunais de
última instância.
O que a regulação da mídia pretende como
determina a lei, sem cumprimento, é que o direito de resposta seja de fato uma
prerrogativa do denunciado e não um gesto de benevolência do acusador. Algo
como a Escola Base, em São Paulo, é
um exemplo emblemático da injustiça e da acusação sem provas. A Folha de São Paulo em uma campanha
difamatória diária destruiu um centro de aprendizado que era referência de
ensino na capital paulista, por suspeita de pedofilia, levando os seus donos à
quase loucura, à prisão, ao descrédito e a execração pública. Menos de dois
anos depois, nada do que foi motivo de extensas reportagens acusatórias pelo
jornal tinha qualquer base condenatória, sendo ambos absolvidos por absoluta
falta de provas.
E aí? É esta a liberdade de expressão que eles querem intocável.
A liberdade de acusar, denegrir, ofender, caluniar e nada lhes acontecer.
Foto: Pichação em muro.
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