domingo, 14 de julho de 2013

Minha mãe é uma peça!

Quase sempre, por trás de todo moralista há um mar de lama ou um córrego escuro e fétido a turvar suas posições críticas e a carga de preconceitos atirada em todas as direções. Com o notório Marco Feliciano já se podia deduzir que trás dos cabelos espichados e das sobrancelhas depiladas e de seu arrazoado evangélico havia pelo menos uma mãe com o pé na roda ou na zona de atrito entre o que é ou não moral.

Mãe de filho único, o contestado deputado, Dona Lúcia atendia jovens entre 15 e 16 anos levadas pelas próprias mães para que fosse efetuada a limpeza de seus úteros de uma gravidez inconveniente para os padrões de Orlândia – SP e para as famílias do lugar. Marquinho, como é chamado pela mãe, em sua pregação contra o aborto conta que várias vezes viu a mãe com as mãos sujas de sangue dos abortos praticados, no que é desmentido pela própria ao afirmar que ele, Marquinho, tinha meses de nascido, nos anos 70, quando ela atuava como serial killer de tantos fetos que lhe chegassem às mãos.
 
Aliás, na mão, uma haste de metal era introduzida até o útero e oferecida a indigitada paciente um “pingado”, mistura de cachaça com folha de arruda, que na certa funcionava como analgésico para o procedimento brutal sem qualquer assepsia. Com uma mãe dessas, Marquinho tinha que ser o que é mesmo, Presidente da Comissão de Direitos Humanos e Minorias da Câmara de Deputados.
 
Foto: Deputado Marco Feliciano

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