As recentes manifestações populares nos
sofisticados bairros do Leblon e Ipanema, no Rio, dão o que pensar. E faz lembrar a atuação do Cabo Anselmo no levante dos marinheiros
fiéis ao Governo Jango em 64, contra
os militares golpistas, em que o marinheiro era um “traíra” no meio da topa
insubordinada e delatou um por um de seus colegas aos usurpadores do poder a
partir de 01 de abril de 1964.
Pode parecer paranoia, mas não é de todo descartável a ideia de que o identificado grupo anarquista “black bloc” ou bloco negro (a bobagem já começa pelo nome) foi o autor das depredações por vários quarteirões dos bairros carioca, infiltrados nos protestos contra o Governador Sérgio Cabral. Ação das anarquistas em meio às justas reivindicações dos populares pode ser considerada como um elemento (in) útil na criminalização do movimento e determinante para reações mais radicais e violentas dos contingentes militares contra os manifestantes. E assim os depredadores anarquistas estariam a serviço da própria repressão, em troca de quê não se sabe, a não ser que o Cabo Anselmo baixasse em algum terreiro para dizer o quê e quanto levou, para que os anarquistas pudessem barganhar um algo mais.
O anarquismo como ideologia política não se
sustenta em pleno século 21. A negação do estado e a ira anticapitalista fez
sentido em discussões em mesas de bar ou em pé de balcão, como no pós AI-5, em que cada noite derrubávamos a
ditadura militar em barricadas no Raso da
Catarina, na Cantina da Lua, de Clarindo ou na Galeria 13 do bom Deraldo em
pileques desconcertantes até o amanhecer do dia. Bêbados, mas
vitoriosos ante a derrubada dos milicos do poder. Amanhã vai ser outro dia. Ou o mesmo.
Foto: Ilustrativa
Foto: Ilustrativa
É, grande Bazo,
ResponderExcluirEstranho. Tamanho estrago, longo tempo, vasta área e tudo correu solto. Foi nítida a ausência da polícia, estranho...
Pois é, meu jovem,
Excluir"Mistério sempre há de pintar por aí".
Abs