Como sempre faço nos finais de semana, fui a Morro do Chapéu desta vez por um
motivo mais que especial, a participação nos festejos do aniversário da querida Dany, a filha que não tive, mas que
tenho, junto a demais familiares e amigos. E estando lá nunca perco a
oportunidade de ir à feira, aos sábados, tomar café na barraca de Dona Belza e comprar mangalô, andu, palma
entre outros grãos e verduras que os feirantes da cidade alegre parecem
desconhecer o cultivo e a comercialização.
Um destes barraqueiros onde sempre compro, recentemente
me perguntou se eu era do Morro, tal
a frequência como que apareço por lá. Respondi que meu domicilio é Salvador, mas que estou morando temporariamente
em Piritiba, no que ele fez cara de
reprovação e como se eu tivesse alguma culpa completou: “Ah! o senhor é de lá”...
Quis saber a razão do espanto, da admiração, no que ele desfiou um rosário de penas com afirmações
do tipo, “ninguém gosta de lá, povo estranho, metido, não fala com ninguém” e
coisa e tal.
Fiz questão de afirmar que quando de fato morava por lá os atributos de hospitalidade e boa vizinhança eram marcas da cidade, mas as gerações que se seguiram devem ter esquecido ou desprezado o cultivo destas normas de civilidade. E jogando lenha na fogueira afirmei que é sintomático que hoje as festas com larga aceitação popular na cidade seja a cavalgada, a vaquejada, rodeio, que talvez reflitam o estado de espírito e de sociabilidade de seus habitantes. As exceções podem ou não confirmar a constatação.
Foto: Dany e pais.
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