Por golpes e tramoias, a direita no Brasil viveu no poder por muito tempo.
E, dominando o Estado, também não
precisou sair às ruas, gritar, berrar, xingar, como visto atualmente e de forma
tão descarada.
Apresentadora de tevê elevada a intelectual e âncora a pregar
justiça com as próprias mãos; músicos que ressurgem para dizer que a ditadura
não foi tão ruim assim; pastores-ostentação exibindo suas ignorâncias contra
gays e aborto, fazendeiros e ruralistas declarando morte a indígenas, políticos
órfãos da família papai-mamãe e, por fim, aloprados que se dispõem a ir para as
ruas pedir a volta dos militares. Diante de pequenos avanços sociais e
populares, a direita mostra sua cara.
Quando já se falava nos 50 anos do golpe
militar, houve a uma tentativa de reedição da Marcha com Deus, Família e Propriedade dos longínquos e tenebrosos
anos 1960. Identificam “comunistas”, contra qualquer ação de justiça social,
reforma agrária, cotas para negros e Bolsa
Família; qualquer ação que fuja dos tradicionais privilégios para poucos
com a exploração de muitos. São expoentes desta gritaria histérica Reinado Azevedo, Olavo de Carvalho, Lobão, Jair
Bolsonaro, Marco Feliciano, Demetrio Magnoli,
Rachel Sheherazade e muitos mais.
Texto: Revista Caros Amigos
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