terça-feira, 6 de maio de 2014

A direita saiu do armário.

Por golpes e tramoias, a direita no Brasil viveu no poder por muito tempo. E, dominando o Estado, também não precisou sair às ruas, gritar, berrar, xingar, como visto atualmente e de forma tão descarada. 

Apresentadora de tevê elevada a intelectual e âncora a pregar justiça com as próprias mãos; músicos que ressurgem para dizer que a ditadura não foi tão ruim assim; pastores-ostentação exibindo suas ignorâncias contra gays e aborto, fazendeiros e ruralistas declarando morte a indígenas, políticos órfãos da família papai-mamãe e, por fim, aloprados que se dispõem a ir para as ruas pedir a volta dos militares. Diante de pequenos avanços sociais e populares, a direita mostra sua cara.

Quando já se falava nos 50 anos do golpe militar, houve a uma tentativa de reedição da Marcha com Deus, Família e Propriedade dos longínquos e tenebrosos anos 1960. Identificam “comunistas”, contra qualquer ação de justiça social, reforma agrária, cotas para negros e Bolsa Família; qualquer ação que fuja dos tradicionais privilégios para poucos com a exploração de muitos. São expoentes desta gritaria histérica Reinado Azevedo, Olavo de Carvalho, Lobão, Jair Bolsonaro, Marco Feliciano, Demetrio Magnoli,  Rachel Sheherazade e muitos mais.
Texto: Revista Caros Amigos 

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