A greve dos rodoviários em Salvador que tanto sacrifício trouxe à população menos favorecida
da cidade, cuja percepção é clara para àqueles grevistas, já que em sua maioria
é oriunda destas mesmas tais classes desfavorecidas, assim como o movimento de
paralisação dos policiais, cuja liderança, muito justamente, mofa em algum presídio
brasiliense, chegam ao fim com o recolhimento dos cacos dos estragos que
causaram.
Comerciantes e comerciários, estudantes,
trabalhadores em geral e a população como um todo se veem privados de exercerem
suas atividades pela truculência reivindicatória de meia dúzia de três ou
quatro que buscam satisfazer suas ambições políticas pessoais em detrimento de
toda uma cidade.
Terça feira em busca de um Tabelionato de Notas para o reconhecimento de firma de um documento,
verifiquei que a sala de espera do cartório tinha o número de sempre de despachantes
e interessados na espera de atendimento, enquanto apenas um funcionário atendia
aquela multidão em busca de um carimbo, um selo, uma assinatura, um
penduricalho burocrático.
Fica-se a imaginar como aquela quantidade de pessoas
conseguiu chegar ao cartório e os funcionários que ocupam os mais de 06 guichês
do Tabelionato, não. Qual o
privilégio de locomoção que aqueles que lotavam a sala de espera tiveram, e que
não foi acessível aos funcionários deste mesmo cartório que provavelmente
erraram o caminho e foram bater em alguma praia, algum churrasco, com certeza
pagode, outro batuque em solidariedade aos rodoviários que por certo estavam
fazendo o mesmo, na mesma praia ou em outra distante da cidade. E a culpa é da
Copa.
Foto: Estação da Lapa
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