quinta-feira, 29 de maio de 2014

Parando a cidade.

A greve dos rodoviários em Salvador que tanto sacrifício trouxe à população menos favorecida da cidade, cuja percepção é clara para àqueles grevistas, já que em sua maioria é oriunda destas mesmas tais classes desfavorecidas, assim como o movimento de paralisação dos policiais, cuja liderança, muito justamente, mofa em algum presídio brasiliense, chegam ao fim com o recolhimento dos cacos dos estragos que causaram.

Comerciantes e comerciários, estudantes, trabalhadores em geral e a população como um todo se veem privados de exercerem suas atividades pela truculência reivindicatória de meia dúzia de três ou quatro que buscam satisfazer suas ambições políticas pessoais em detrimento de toda uma cidade.

Terça feira em busca de um Tabelionato de Notas para o reconhecimento de firma de um documento, verifiquei que a sala de espera do cartório tinha o número de sempre de despachantes e interessados na espera de atendimento, enquanto apenas um funcionário atendia aquela multidão em busca de um carimbo, um selo, uma assinatura, um penduricalho burocrático. 

Fica-se a imaginar como aquela quantidade de pessoas conseguiu chegar ao cartório e os funcionários que ocupam os mais de 06 guichês do Tabelionato, não. Qual o privilégio de locomoção que aqueles que lotavam a sala de espera tiveram, e que não foi acessível aos funcionários deste mesmo cartório que provavelmente erraram o caminho e foram bater em alguma praia, algum churrasco, com certeza pagode, outro batuque em solidariedade aos rodoviários que por certo estavam fazendo o mesmo, na mesma praia ou em outra distante da cidade. E a culpa é da Copa.

Foto: Estação da Lapa

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