Já aprecem na cidade as camisas ou qualquer
outra indumentária alusiva a Copa do
Mundo 2014, com uma intensidade talvez prematura, mas não para os donos do
negócio. É o “oba oba”, verde
amarelo, tal qual a Globo induziu: “é
taça na raça Brasil”. Confesso que gostaria de ser tomado por esta aflição
ufanista, esta brasilidade de ocasião, este amor desbotado a cada quatro ano.
Mas turrão, não farei, como relutei na Copa
do Mundo de 1970, no México, em que
companheiros optaram torcer, não contra a seleção, mas contra um Brasil tristemente entregue às mãos
sujas de sangue de brasileiros indignos. Não consegui, não fiz, muito pelo contrário,
atirei no chão o copo de cerveja que carregava nas mãos, no piso da sala,
gritando o gol do Brasil contra a Inglaterra.
Brasil! Sei que não lhe faço falta, mas onde é que eu guardo este nó na garganta, que inocentemente imaginei tão forte e bonito como os versos do poema de Olavo Bilac?
Foto Torcida brasileira
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