Havia uma loja na Praça da Sé, onde sempre comprava os meus discos. O gerente da loja
já me conhecia, assim como minhas preferências musicais, e a cada lançamento
recebido reservava um exemplar para mim, independente de vir a ficar ou não com
o LP. Quando o disco Índia de Gal foi lançado em 1973 estava de férias no sertão, período em que
o disco foi recolhido das lojas pela censura e, logo depois ter voltado com um invólocro
de plástico azul, cobrindo a quase nudez de Gal
na capa do disco. Quando voltei das férias o meu exemplar, pré censura, estava
guardado, com as vergonhas de Gal escancaradas
sem nada a envolver. Trucelências de então.
Já falei do disco aqui, do seu repertório, das
canções, dos músicos como Roberto Menescal,
Toninho Horta, Dominguinhos, Wagner Tiso, Chico Batera enfim, uma
preciosidade.
Tempos depois assitiria o show Índia no Teatro Vila Velha
em que Gal empunhava o seu violão,
sentada em um banquinho alto, par de coxas à mostra, boca vermelha, intimista e
sensual cantava Volta, a
inesquecível canção de Lupicínio
Rogrigues, que agora garimpei no Youtube;
não dá prá esquecer!
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