quarta-feira, 21 de maio de 2014

Casco verde ou casco escuro?

Como garçom ou auxiliar de balcão no bar do mano, na Praça Getúlio Vargas, sempre perguntava ao cliente, quando ia atender ao pedido de uma cerveja:
- Casco verde ou casco escuro?

A preferência era sempre pelo casco escuro, mas a pergunta era pertinente para não causar uma recusa por parte do freguês. Nunca soube, muito bem, a razão da escolha, mas as cervejarias logo souberam, tanto que não demoraram a uniformizar o vasilhame das cervejas, para as tais garrafas escuras, quer dizer, marrom.

Os parcos conhecimentos de física e química que esquecei ou perdi, juntamente com os vestibulares para ciências exatas, nas salas da UFBA, serviram para alguma coisa. O casco verde, pela claridade do seu vidro, facilitava uma maior incidência dos raios solares, alterando a sua composição e, por conseguinte, o sabor da cerveja. Façamos de conta que sim. Não vou sair, por ai, trombando com a física, tampouco com a química, ou seus cientistas e adoradores.

Mas, prá mim era mais um chilique de biriteiro, cuja especialidade, ou falta de assunto, é reclamar de tudo – da mesa em falso, da calabresa crua, do mel de rapadura das caipirinhas e da descarga quebrada do banheiro.

Foto: Ilustrativa

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