Aos dezessete anos Mãe Maria partiu, foi fazer companhia a Pedro Meu Pai que já
havia partido em meus 09 anos. Cresci entre manos e longe de casa, que aos
poucos também foi se partindo, numa espécie de diáspora onde cada um seguiu em
direção própria nos afastando e nos reunindo conforme as ocasiões permitiam.
Talvez venha daí uma certa tristeza, uma melancolia que me acompanha, mas não
me domina, pois consigo extrair alegria e prazer nas coisas grandes e pequenas
que a vida me reservou e espero tenha bem mais para me dar.
Como ser triste ao
lado da família que construí, da esposa, filhas e agora netinha, razão de tudo
isso que chamamos vida. A mãe que perdi tão cedo, encontro dentro da nossa
própria casa, ou em casa de familiares e amigos, já que mãe cujo coração é do
tamanho de um trem, cabe quem chegar, quem tiver amor prá dar. Mas, Mãinha mesmo é só saudade, neste
domingo de alegria e reverência à figura materna, beijos a todas as mães do
mundo, a quem rendo minhas homenagens musicais, nesta trilha sonora:
Eu sei que vou te amar
– Ana Carolina
No dia que eu vim me
embora – Caetano Veloso
Mamãe Coragem – Paula Toller
O Velho – Chico Buarque
Andança – Beth Carvalho
Mãe Maria – Maria Betânia
Epitáfio – Titãs
Um ser de luz – Carla Visi
Disparada – Zizi Possi
Mãe da manhã – Gal Costa
Foto: Titãs
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