nas patas de meu cavalo,
e nos sonhos que fui sonhando
as visões se clareando,
as visões se clareando,
até que um dia acordei”
Os versos de contundente apelo social, regional
e universal de Disparada teria que
ter a interpretação vigorosa e única de Jair
Rodrigues, como quem se apossa da sua autoria e, que música brasileira
perdeu nesta quinta feira As poucas interpretações que Disparada ganhou, talvez por temer a comparação inigualável com o
sambista, nada porém se iguala a grandeza épica que Jair Rodrigues imprimiu a esta magistral criação de Geraldo Vandré e Théo de Barros.
Estou ouvindo o novo disco de Zizi Possi, Tudo se
transformou (gravado ao vivo, o que só a voz de Zizi me fez ouvir, tal a aversão que tenho por este tipo de
registro) em que Disparada faz parte
do repertório. Um arranjo quase sinfônico, solene, ao piano o que permite um
outro olhar para Disparada, como se
sobre aquela melodia não desfilassem “boiadas e bois, gado e gente, tudo fora
do lugar”, mas que a voz refinada, doce e pura de Zizi consegue manter a mesma chama da indignação. Obrigado Jair, valeu!
Foto: Jair Rodrigues
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