Cabelos ao vento

Agora vai. Depois que soltou o cabelo como já havia soltado a sua insegurança e despreparo na campanha presidencial, em que amargou a terceira colocação, a eterna candidata Marina Silva assumiu de vez a sua participação no barrufo tucano. A soltura dos cabelos foi um gesto tresloucado da ambientalista pra qualquer ambiente, como já provou sua passagem pelo PT, que lhe deu régua e compasso, PV e mais recentemente o PSB onde passou a chuva eleitoral, que poderia ter causado um alvoroço entre as crianças que não foram retiradas a tempo das salas ou das praças.

Talvez não haja tempo, já que estamos caminhando para o fim da disputa eleitoral, mas se tempo houvesse não seria surpresa sua passagem pelos bares do Leblon, para uma rodada de chopp, compras nas boutiques de Ipanema ou um “happy hour” na Savassi. Não se é ecologista e evangélica em tempo integral, em especial se o sacrifício é pela conquista de votos de olho em um (im) provável governo tucano, como sempre foi parte de seu oportunismo político com os cabelos presos; agora então, liberou geral.

Foto: Marina Silva