quarta-feira, 22 de outubro de 2014

Dois dedos de prosa com Chico Bosco

"A votação expressiva a candidatos conservadores nestas eleições frustrou os que esperavam que as manifestações do ano anterior se consumassem em uma visão progressista nas urnas. Na esteira da decepção, não faltam os que têm reaquecido o discurso governista de que as jornadas de junho foram um tiro pela culatra da esquerda, agora supostamente respaldados pelo resultado em parte desastroso das urnas (de que, portanto, junho seria a causa).

Diante do impasse, tendo a pensar como Marcos Nobre: "É certo que a canalização da insatisfação pode se dar em um sentido progressista ou em sentido regressivo. Esse é o risco inerente a qualquer aposta no aprofundamento da democracia. Mas uma coisa é certa: recusar o risco é jogar fora a oportunidade".

Desde que, diante do risco regressivo, firme-se o pé nas conquistas possíveis. Por isso sou contra o voto nulo da esquerda neste momento. Há um conservadorismo inerente ao governo PT (é o que André Singer chama de “pacto lulista”). Mas, é fundamental enfatizar que foi o PT quem melhor conseguiu, desde a redemocratização, dirigir o peemedebismo, extraindo dele os maiores avanços."

Foto: Ilustrativa

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