Domingo eleitoral sai de casa andando pelas
ruas para captar a pulsação da cidade, que em principio não pulsava tanto
quanto no primeiro turno, o que era compreensível, pela quantidade de
concorrentes e de cargos em disputa. Foi assim que entrei em um hotel na Barra, em busca do seu serviço de
lanchonete e bar sem me dar conta ao passar, do vulto que estava na mesa ao
lado e que instintivamente cumprimentei: bom dia.
O hall de entrada, a recepção
do hotel, só não estava vazio pela presença de um ou dois funcionários que
retornaram o meu cumprimento, esboçando um riso de canto de boca como certo
candidato destas eleições, que só depois viria saber a razão.
Ao voltar da lanchonete e ocupar uma das mesas
em frente a amurada do Porto foi que
percebi o vulto que havia cumprimentado, era uma escultura medonha de uma
possível moça, da qual o artista tentou esculpir e que sua falta de destreza
como escultor ou por deficiência da modelo resultou mais próxima do riso que da
admiração.
Como prova da minha desatenção com as obras de artes, pedi a
funcionária que registrasse o flagrante, onde o figurante e a modelo se
equivalem em figuras sem noção.
Foto: Pessoal
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