terça-feira, 14 de outubro de 2014

São os gaúchos que vêm

O futebol brasileiro parece ter descoberto que a sua redenção, ou pelo menos de sua seleção, está no Rio Grande do Sul, tal a ciranda de técnicos que se revezam em seu comando com resultados pífios e gauchescos. A exceção fica por conta de Luis Felipe Scolari, o Felipão, como técnico da nossa seleção e seu título mundial em 2002, e também a grande desonra desde a sua primeira formação, a derrota acachapante para a Alemanha, por 7 x 1 na Copa do Mundo de 2014 diante do que assistiu um Mineirão lotado, incrédulo, aos prantos e atônito, assim como todo o país.

Além da retranca, característica de todos eles, seja Felipão, Mano Menezes, Dunga ou Tite o eterno candidato a salvador de nossa seleção, outra faceta visível dessa gente é o mau humor, a arrogância e empáfia de quem se acha o sal da terra, mesmo que os resultados obtidos em campo fiquem a centenas de milhas daqui. Tudo isto embalado por uma pose de quem se vê incompreendido pelo mundo da bola, que não capta a essência de sua “filosofia” futebolística, a retranca, um gol que dê a vitória, tá de bom tamanho.

Dunga, o gaúcho da vez, deu demonstração ao mundo, na partida do Brasil x Argentina, sábado, em Pequim, na China, da sua incivilidade, da sua grosseria no bate-boca gestual travado com o auxiliar do preparador físico da seleção argentina, ao esfregar o nariz, por várias vezes, numa possível alusão ao uso de drogas, de que Maradona é o mais notório representante. As explicações do treinador brasileiro, dizendo que seu gesto se referia a poluição da cidade chinesa é destas desculpas esfarrapadas em que o silêncio tende ser a melhor saída, mas gaúcho quando se trata de maus modos não sabe calar.

Foto: Dunga

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