Na campanha presidencial de 2010, o candidato José Serra, do PSDB caminhava com sua comitiva pelas ruas de Campo Grande subúrbio do estado do Rio. Em determinado momento um gaiato jogou no meio dos caminhantes
uma bolinha de papel que tocou a testa do candidato careca. Nada prejudicou a
caminhada, quando poucos minutos depois o candidato recebeu uma ligação de seu
celular.
Ai começou a montagem da farsa. José
Serra põe a mão na cabeça, faz caras e bocas, simula tonteira e é levado às
pressas para uma clinica onde se submeteria a uma tomografia computadorizada.
Uma montagem teatral digna de Antunes
Filho, Zé Celso, Gabriel Vilela, Márcio Meireles não fariam melhor, mas o
marqueteiro do candidato sim.
A mídia amiga tinha em mãos o cocho farto para
alardear em seus jornais, suas emissoras de televisão o atentado à democracia,
uma agressão ao direito de ir vir, essas coisas que são só vistas quando nos
convém. O que não foi o caso da bomba atirada no Instituo Lula, em São Paulo,
tratado nos rodapés das “folhas” amigas como uma bobinha caseira, um leve
esbarrão de alguma moto, ou uma mossa provocada pela desatenção de um mau
motorista.
Enfim, a desqualificação de um fato que preocupa os verdadeiros
democratas que veem riscos na estabilidade democrática com o acirramento de ânimos
estimulados por esta mesma mídia amiga, como são os preparativos para as
manifestações programadas para este mês.
Foto: Ilustrativa
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