segunda-feira, 17 de agosto de 2015

Circo ou manicômio

Tinha pra todos os gostos. Não foi por falta de reivindicação, de bandeiras, que o protesto de ontem foi um fiasco e vai a cada dia minguando como a seriedade de seus organizadores e participantes. Uma coisa os unia, o ódio anti-petista que se espalha como baba de epiléticos nas golas das camisas pólos, verde amarela, (se for de grife, melhor) e põe em risco não a governabilidade, mas a própria democracia, onde o furor fascista se manifesta com a truculência conhecida.
Não falo das outras cidades onde o circo foi montado e o desencontro entre os números de acrobatas nas ruas, dado pelos organizadores e pela Polícia Militar, pois eles falam por si; mas de Salvador, mesmo não estando na cidade, arrisco uns palpites pelo que vi. A quantidade de cinco mil pessoas estimada entre o Farol da Barra até o Cristo está bem abaixo do que é capaz, por exemplo, o bloco Filhos de Gandhi trazer para a Avenida em dias de Carnaval. Com a vantagem de ser muito mais representativo de nossa mistura racial e social que os “coxinhas” protestantes

Não que os frequentadores da Praia de Aleluia em diante, consumidores do Shopping Salvador, moradores do Itaigara, Graça, Vitória não tenham o direito de protestar; claro que têm, afinal a alienação e o analfabetismo político não é território apenas dos “que vivem na terra esperando o que Jesus prometeu”. Embora a burrice petulante da classe média seja mais acintosa e má que o desconhecimento dos que foram jogados no mundo das sombras, largados ao Deus dará.

Fotos: Ilustrativas

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