O que os moradores de Salvador, da Bahia, do Brasil, têm a dizer - e FAZER, principalmente - sobre essa
aberração, esse monumento à mais escancarada picaretagem, ao mau gosto, à
barbárie, à burrice, à ferocidade..? Essa coisa grotesca (por ora só uma
maquete) com 107 metros de altura, trinta e tantos andares que pretendem enfiar
no Porto da Barra, e enfiarão se o
povo for muito frouxo.
À esquerda de quem olha, e para quem não é do local, aquele "casarão" branco, num morrote pouco acima da água, é o Forte de São Diogo, construção do
século XVII. Logo acima dele, meio
escondida por coqueiros, está a igreja de Santo
Antônio da Barra. O estupro imobiliário coletivo vem descendo a ladeira,
para falar só dessa área. Começou no topo da Ladeira com outra aberração exatamente atrás da segunda mais antiga
igreja do País, a da Vitória. Derrubaram a Mansão ali plantada e fizeram na marra
e na grana, como desde sempre.
O IPHAN
não pode, mais uma vez, fugir de maneira pusilânime da responsabilidade,
naquele jogo de empurra-empurra que precede todos os grandes estupros
imobiliários em Salvador, na Bahia.
O que têm a dizer o prefeito ACM sobre isso, além do atribuir a
decisão a algum burocrata sedento, alguma SUCOM
da vida? Que o senhor prefeito ao menos dê sua opinião, claramente, para que a
história possa guardar a posição do líder local, da maior autoridade da cidade
em relação ao que faziam, ou não faziam, enquanto avançava a barbárie.
Texto: Bob Fernandes
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