sábado, 29 de agosto de 2015

Silêncio, João vai cantar!

“Nas interpretações de Maria Bethânia ou mesmo de Elis Regina, a letra cria microambientes a partir dos quais a intérprete se esbalda, fantasiando o que a letra lhe sugere (ironia, ternura, gravidade). Em João Gilberto, ao contrário, a letra perde momento para ganhar duração.

Tudo em João Gilberto quer de fato durar. Sua obra é uma máquina de duração, um gozo modesto, feito a partir de uma equalização extremamente rigorosa entre as partes que compõem o trabalho – devidamente comprimidas, podem agora retornar e retornar. Alguma coisa ali encontrou escala”. (Nuno Ramos).

Vídeo: Youtube (Triste - CD Amoroso)

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